Advogados que trabalharam nas campanhas de Jair Bolsonaro (PL) avaliam que o relatório usado pelo PL para pedir a invalidação de boa parte dos votos no segundo turno das eleições é “inútil” e “sem propósito”.
Eles consideram que a estratégia usada
foi “um erro”.
A percepção, apurada pela coluna de Bela
Megale, do portal O Globo, é
compartilhada por boa parte de integrantes do governo, em especial, da ala
política.
A avaliação é de que a medida serve
apenas para criar mais atritos entre o presidente e o poder Judiciário.
Os profissionais que atuaram com
Bolsonaro na campanha deste ano e em pleitos anteriores acreditam que o
relatório não resultará em nenhum benefício para o mandatário.
Na visão deles, Bolsonaro precisa
superar a derrota e começar a se posicionar como o líder da oposição ao futuro
governo Lula (PT).
Ao receber o documento, o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, pediu ao PL
que apresente um relatório completo, já que as urnas eletrônicas citadas na
petição inicial também foram utilizadas no primeiro turno – quando a sigla
conseguiu eleger a maior bancada da Câmara e vários governadores.
O
QUE O RELATÓRIO DO PL DIZ
A coligação alega que alguns modelos de
urna que foram usados nas eleições possuem um problema que impede a realização
da auditoria.
Por isso, pede que eles sejam
desconsiderados, bem como os votos que foram depositados neles.
Segundo o PL, somente o modelo UE2020 de
urna é confiável.
O problema supostamente envolve 60% das
urnas e, se forem desconsideradas, Bolsonaro teria obtido 51,05% dos votos
válidos, contra 48,95% de Lula. No resultado oficial, o petista teve 50,9% dos
votos, e o presidente teve 49,1%.
Especialistas, no entanto, afirmam que o
suposto problema não impossibilita a conferência dos votos.
(Yahoo!)
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