O futuro ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino, chamou neste domingo (25/12) de "terrorismo" a suposta tentativa de explodir um caminhão-tanque investigada pela polícia de Brasília.
O caso aconteceu no sábado (24).
O caminhão estava próximo ao aeroporto
de Brasília quando o motorista denunciou à polícia a presença de um artefato
explosivo, que depois foi detonado.
Na noite de sábado (24), um suspeito de
montar o artefato foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal.
O nome do homem não foi divulgado.
De acordo com a polícia, trata-se de um
empresário de 54 anos do Pará, que viajou a Brasília para participar das
manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ainda segundo a polícia, ele confessou
que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto.
"Os graves acontecimentos de ontem
em Brasília comprovam que os tais acampamentos 'patriotas' viraram incubadoras
de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade
possível. O armamentismo gera outras degenerações. Superá-lo é uma prioridade",
disse Dino em uma rede social.
"Reitero o reconhecimento à
Polícia Civil do DF, que agiu com eficiência. Mas, ao mesmo tempo, lembro que
há autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes
políticos. As investigações sobre o inaceitável terrorismo prosseguem. O
delegado Andrei, futuro Diretor Geral da PF, tem feito o acompanhamento, em
nome da equipe de transição. Não há pacto político possível e nem haverá
anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores",
completou o futuro ministro.
ARSENAL
O suspeito de planejar explodir o
caminhão-tanque foi localizado e preso em um apartamento no Sudoeste, na região
central do Distrito Federal.
No local, a polícia encontrou um arsenal
com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas,
centenas de munições e uniformes camuflados.
Também foram apreendidas outras cinco
emulsões explosivas.
De acordo com a polícia, depois de
montar o artefato, o suspeito entregou o objeto para uma outra pessoa - já
identificada pelos investigadores - que ficou responsável por levar o
dispositivo até a região do aeroporto de Brasília.
Segundo a investigação, a ideia inicial
dos criminosos era que o explosivo fosse depositado próximo a um poste, para
prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital.
Mas, de última hora, a decisão acabou
sendo por colocar o objeto em uma caixa apoiada no caminhão de combustível, que
estava carregado de querosene de aviação.
Segundo a Polícia Militar, o motorista
de um caminhão-tanque de combustível percebeu um objeto estranho no veículo e
alertou policiais na área.
Ele não soube dizer quem havia deixado o
material ali.
A polícia descarta a participação do
motorista no caso.
(Do g1)
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