O médium João de Deus foi condenado a 109 anos de 11 meses de prisão, na quarta-feira (07/12) por crimes sexuais em três processos diferentes no Tribunal de Justiça de Goiás.
De acordo com a Folha de S. Paulo, as ações são abusos que ocorreram contra 13
vítimas, e o acusado permanecerá em prisão domiciliar.
A decisão ainda cabe recurso.
Além da prisão, João de Deus também
deverá pagar às vítimas indenizações por danos morais de até “100 mil reais”.
As decisões são do juiz Marcos Boetchat
Lopes Filho, da comarca de Abadiânia, e em conjunto com outros processos pelos
quais o médium já foi condenado, as penas passam de 223 anos de prisão.
Ainda conforme a reportagem de Wanderley
Preite Sobrinho, os processos cujas sentenças foram proferidas na quarta, são
os seguintes: crimes que ocorreram entre 2010 e 2016, contra cinco vítimas;
contra três vítimas, entre 2011 e 2013; e contra cinco vítimas, entre 2010 e
2015.
Os demais processos contra João de Deus
foram julgados em janeiro de 2022, novembro e dezembro de 2019, janeiro de 2020,
maio e novembro de 2021.
RELEMBRE
O CASO
João Teixeira de Farias, mais conhecido
como João de Deus, tem 76 anos e é médium.
Desde 1976, ele oferece supostos
tratamentos mediúnicos na Casa Dom Inácio de Loyola, autodenominada
"hospital espiritual", em Abadiânia, em Goiás.
Apesar da formação católica, ele começou
os seus trabalhos no fim da adolescência peregrinando pelo País.
Na instituição eram ofertados serviços
como passes e cirurgias espirituais baseados nas entidades recebidas pelo
médium.
O atendimento é gratuito e a cobrança só
é feita caso seja necessária medicação.
Eram durante esses supostos atendimentos
que ocorriam os abusos contra as vítimas, todas mulheres, que procuravam o
local para se tratar.
Mais de 300 já o denunciaram ao
Ministério Público (MP) desde 2018, quando os primeiros casos vieram à tona.
João de Deus cumpre prisão domiciliar em
Anápolis desde 31 de março de 2020, em um endereço conhecido por todos da
cidade.
(Por Terra)
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