Morreu na madrugada desta quarta-feira
(21/12), às 5h40, o ator Pedro Paulo Rangel, aos 74 anos.
Ele estava internado no CTI da Casa de
Saúde São José, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para tratar de um quadro de
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
A informação foi confirmada pela
família.
Pedro Paulo Rangel encarava uma doença
pulmonar desde 2002. Ele havia sido internado no início do mês de novembro,
para tratar do quadro.
No último dia 14 de dezembro, a sedação
foi suspensa em uma tentativa de extubá-lo.
Na ocasião, os médicos afirmavam que o
quadro do ator ainda era grave.
Pedro Paulo Rangel nasceu em junho de
1948 no Rio de Janeiro (RJ). Filho de dois funcionários públicos, descobriu o
gosto pelo teatro aos 11 anos, por meio de um vizinho que era ator amador.
Ainda na infância, integrou o elenco da peça infantil "O Bruxo e a
Rainha", onde conheceu o ator Marco Nanini.
Mais tarde, os dois estudaram juntos no
Conservatório Nacional de Teatro, hoje a escola de teatro da UNIRIO.
Teve sua primeira experiência no teatro
na peça "Roda Viva", de Chico Buarque, dirigida por Zé Celso, com
quem também trabalhou na peça "Galileo Galilei".
Na época, atuou ainda em uma montagem de
"Romeu e Julieta" dirigida por Jô Soares.
Em 1969 estreou na televisão pela TV
Tupi, na novela "Super Plá".
No ano seguinte, fez a novela
"Toninho On The Rocks", na mesma emissora.
Em 1972, estreou na TV Globo na novela
"Bicho do Mato".
Três anos depois, fez história na
dramaturgia ao estrelar o primeiro nu masculino da televisão brasileira no
papel de Juca Viana, em "Gabriela".
Ainda em 1975, ganhou seu primeiro papel
principal na novela "O Noviço", que teve apenas 20 episódios.
Na época, atuou ainda em "A
Patota", com o amigo Nanini, "Saramandaia" e "O Pulo do
Gato" na Globo.
Em 1979, teve uma nova e breve passagem pela Tupi,
trabalhando em "Dinheiro Vivo", novela escrita por Mário Prata.
Pedro Paulo retornou à TV Globo em 1981,
atuando por anos nos humorísticos "Viva o Gordo" e "TV
Pirata".
Em 1988, voltou de vez às novelas com
"Vale Tudo".
Nos anos seguintes, interpretou personagens marcantes
nos folhetins, como o homossexual Adamastor em "Pedra Sobre Pedra"
(1992), o Calixto de "O Cravo e a Rosa" (2000) e Argemiro Falcão,
irmão da vilã Bia Falcão, em Belíssima (2005).
Entre outras obras de destaque estão as
novelas "Torre de Babel" (1998), "Desejo Proibido" (2007),
"Amor Eterno Amor" (2012) e as minisséries "A Muralha"
(2000), "O Quinto dos Infernos" (2000) e "O Dentista
Mascarado" (2013), sua última atuação na Globo.
Em meio aos trabalhos na televisão,
Pedro Paulo também se dedicou ao teatro, que lhe rendeu diversos prêmios, e ao
cinema.
O ator lutou por 20 anos contra os
efeitos da DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), causada pelo tabagismo.
Isso não fez com que ele parasse de
atuar, apesar de ter deixado as novelas em 2012.
"Isso absolutamente não me impede
de trabalhar. Eu tomo remédios, tenho uma rotina. Faço fisioterapia",
disse.
Seu último papel foi o de bibliotecário
da Imperatriz Leopoldina na série "Independências" (2022), da TV
Cultura.
(Uol)
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