O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (10/01) a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
Viaturas da
Polícia Federal foram vistas em frente à casa de Torres, em Brasília.
Após deixar o
Ministério da Justiça, com o fim do governo Jair Bolsonaro, Torres reassumiu a
Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Ele era o
responsável pela pasta quando alguns bolsonaristas terroristas invadiram os
prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto neste
domingo (08).
Quem exonerou
Torres foi Ibaneis Rocha, pouco antes de ser afastado do cargo de governador
por ordem de Moraes, por 90 dias.
O ministro entendeu que houve omissão das autoridades
do DF nos atentados.
A
Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prisão de Anderson Torres por omissão na
repressão aos ataques.
Ele está de
férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde está Bolsonaro.
Após os casos de
terrorismo, Torres divulgou uma nota negando conivência nos atos e os
classificando como "barbárie".
"Lamento
profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de
conivência minha com as barbáries que assistimos", escreveu em
rede social.
NOMEAÇÃO E POLÊMICA
Antes de ser
ministro do governo Bolsonaro, Anderson Torres foi secretário de Segurança
Pública do DF, entre 2019 e 2021.
Após deixar o
governo federal, ele voltou ao cargo e foi nomeado por Ibaneis Rocha em 2 de
janeiro, um dia após a posse.
Segundo apuração
da colunista do g1 Andreia Sadi, o pedido para retornar à pasta partiu do
próprio Anderson Torres, e causou reações em integrantes do governo Lula (PT) e
até de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), já que o ex-ministro era
considerado "homem forte" de Bolsonaro, e a escolha ocorreu em meio a
uma escalada de tensões.
(Por g1)
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