O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), entregou, na manhã desta segunda-feira (16/01), ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a notícia-crime com informações sobre a apuração interna sobre a invasão e depredação da Casa, em 8 de janeiro.
O documento inclui dados de pessoas
presas pela Polícia Legislativa.
"O mínimo que podemos exigir é a punição dos
já identificados e dos que ainda serão identificados”, disse Lira
durante o encontro.
“Muito mais do que a depredação do patrimônio
público, mas por atentar contra as instituições, pelo risco que o Brasil correu”,
afirmou o presidente da Câmara.
Nesta segunda-feira (16), Aras informou
já ter 40 denúncias prontas, e que novas denúncias contra pessoas flagradas em
atos de vandalismo no Senado e na Câmara devem ser apresentadas em breve, junto
com a solicitação de outras medidas cautelares.
“O Ministério Público tomará todas as medidas”,
disse Aras.
Aras frisou haver sete inquéritos
abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a condutas no dia 8 de
janeiro.
Entre os pedidos já feitos pelo
Ministério Público Federal (MPF), está a investigação contra três deputados
eleitos e, também, a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro entre os
investigados.
As medidas já foram autorizadas pelo
relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Mais cedo, em entrevista coletiva, ao
ser questionado sobre a punição aos três parlamentares do PL eleitos que
participaram dos atos de invasão a prédios públicos, Lira disse não ver
evidências contra eles ou “nenhum ato que corroborasse com os
inquéritos”.
Ao ser perguntado sobre a inclusão de
Bolsonaro entre os investigados, Lira respondeu que “cada um responde pelo que faz”.
O presidente da Câmara acrescentou que “temos
que ter calma neste momento, investigar todos os aspectos. Nossa fala não muda.
Todos os que estiveram envolvidos com esses atos de vandalismo devem ser
punidos”.
Na semana passada, o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSL-MG), também foi ao gabinete de Aras pedir punição
rápida aos vândalos identificados pela Polícia Legislativa.
(MSN)
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