terça-feira, 3 de janeiro de 2023

EM ADEUS EMOCIONADO, MILHARES DE PESSOAS SE DESPEDEM DO REI E ENTOAM: 'PELÉ ETERNO'

 

O mundo parou para dar o último adeus a Pelé.
Nesta terça-feira (03/01) Edson Arantes do Nascimento foi sepultado e recebeu as últimas homenagens de fãs e torcedores de diferentes países.

Saindo do Estádio Urbano Caldeira, o caixão de Pelé seguiu em um cortejo pelas ruas de Santos, no litoral de São Paulo, cidade onde o Rei do Futebol ganhou os holofotes, assim como se tornou o ídolo do futebol que o mundo conhece hoje.
Os portões fecharam por volta das 9h20 para a visitação do público. 
Logo depois, houve o começo da cerimônia de despedida, com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em seguida, pouco antes das 10h30, o caixão foi colocado em um caminhão do Corpo de Bombeiros e foi ovacionado pela legião de fãs que estava no entorno da Vila Belmiro.
Palmas e o uníssono "mil gols, mil gols, só Pelé, só Pelé, que jogou no meu Santos" tomaram conta da Rua Tiradentes.
Torcidas organizadas do Santos, time de coração do ex-jogador, estavam a postos com bandeirões pouco antes do cortejo começar.
Assim que a bandeira do Brasil foi colocada em cima do caixão de Pelé, as centenas de pessoas, que torciam para diversos times e que presenciavam o momento histórico, se emocionaram.
Ali, não existia rivalidade.
Crianças foram colocadas nos ombros de seus parentes, torcedores choravam e todos pareciam não se importar com o sol escaldante que queimava a pele, afinal, ninguém queria perder o início da despedida do melhor jogador que o mundo já viu.
Quem nunca ouviu falar de Pelé – o que é quase impossível – nos últimos dias conseguiu conhecer um pouco da grandiosidade do Rei do Futebol.
E isso poderia ser sentido ali, no pedaço mais esportivo da cidade de Santos.
Assim que o cortejo começou, o povo voltou a cantar e gritar por Pelé.
Rojões e fogos de artifício ajudaram na harmonia de parte de uma das torcidas organizadas, que usava instrumentos de percussão.
SANTOS PAROU
A cidade do coração de Pelé parou.
Em diversos pontos da cidade, uma multidão parou para ver a cerimônia.
O cortejo seguiu o percurso pela Avenida Bernardino de Campos, passando por várias ruas, até a Avenida Epitácio Pessoa, onde mora a mãe do Rei, Celeste.
A avenida estava paralisada e em lágrimas.
Parte da família Arantes ficou na sacada de um sobrado para ver o cortejo.
A irmã de Pelé Maria Lúcia Nascimento se emocionou com o carinho e o canto entoado de milhares de pessoas falando o nome do Rei e interagiu com a população, agradecendo por aquele momento.
Enquanto aguardavam a passagem do cortejo, pessoas de várias idades e torcedores de diversos times homenageavam Pelé, com camisas, bandeiras, músicas e até mesmo cachorros vestidos com roupas com a estampa do Rei.
A família de Edson Arantes chegou a rezar um Pai Nosso com o apoio dos fãs.
Idosos relataram que estava, sofrendo com o calor e com a aglomeração, mas que isso não os faria desistir de dar adeus ao maior ídolo do futebol.
Com a chegada do corpo do Rei, a torcida organizada do Santos, carregando bandeiras enormes com o rosto dele, entoou o hino do time e músicas em homenagem ao ídolo, emocionando até mesmo os torcedores rivais.
Um dos bombeiros que estava no veículo da corporação que conduzia o corpo de Pelé também não conseguiu segurar as lágrimas e recebeu o apoio da população.
A opinião de todos ali que gritavam o nome de Pelé era unânime: ele será eterno, e isso foi dito nos mais diferentes idiomas.
E, antes de se despedir da família dele, os fãs fizeram questão de gritar que o Rei do Futebol jamais será esquecido.
Emocionados, os familiares do ídolo fizeram o símbolo de um coração com as mãos para a população e se despediram.
Em seguida, o cortejo seguiu pela Avenida Vicente de Carvalho, Bernardino de Campos e Joaquim Távora até chegar ao Cemitério Memorial, onde rojões e palmar reverenciaram o Rei do Futebol. 
Antes do caixão ser retirado do caminhão do Corpo de Bombeiros, as bandeiras do Santos FC e do Brasil foram guardadas.
Com os soldados da Polícia Militar e dos bombeiros a postos, já descendo o caixão do veículo, um trompete tocou a marcha fúnebre e, em seguida, o hino do time do coração de Pelé.
O sepultamento no Cemitério Memorial marcou o fim da história de Edson Arantes do Nascimento; mas Pelé, como foi dito por tantas pessoas nos últimos dias, esse é eterno.
(Por Isabella Lima e Vanessa Ortiz – Terra)

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