Bolsonaro foi incluído como investigado no inquérito 4.921, que apura a "instigação e autoria intelectual dos atos antidemocráticos" que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, graças ao compartilhamento de um vídeo no Facebook.
"A decisão do Alexandre de Moraes foi injusta", disse à coluna um ex-ministro de Bolsonaro."Quem realizou essa postagem foi o Carluxo."
O vídeo compartilhado pelo perfil de Bolsonaro exibia uma entrevista em que o procurador bolsonarista do Mato Grosso do Sul Felipe Gimenez difundia mentiras sobre as eleições de 2022.
Gimenez afirmou que Lula foi "escolhido pelo serviço eleitoral e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral".
Na legenda do post, lia-se o seguinte: "Lula não foi eleito pelo povo, ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE".
De acordo com o ex-ministro, Carlos Bolsonaro dispõe das senhas de todos os perfis mantidos pelo pai nas redes sociais.
Ele teria compartilhado a postagem tóxica sem o conhecimento do ex-presidente.
Ouvido sobre a nova versão, um magistrado do Supremo Tribunal Federal levou o pé atrás.
Enxergou nas alegações uma "tentativa vã de construir um álibi" para Bolsonaro.
Nessa hipótese, o filho Zero Dois seria "coautor do crime de incitação pública à prática de crime, previsto no artigo 286 do Código Penal”.
A republicação do vídeo com notícias falsas sobre o processo eleitoral foi feita às 21h55 do dia 10 de janeiro, pouco mais de 48 horas depois da invasão dos prédios do Congresso, do Planalto e do Supremo por falanges bolsonaristas.
O post foi apagado horas depois, na madrugada do dia 11 de janeiro.
Àquela altura, porém, a peça já viralizava nas redes sociais.
(Josias de Souza, Uol)
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