Uma mulher da Paraíba está entre as 15 pessoas do Nordeste que foram resgatadas num restaurante de comida japonesa em São Paulo em situação análoga à escravidão.
Essas pessoas estavam morando em um
quarto nos fundos do estabelecimento que fica na Zona Leste da capital.
O local não oferecia, conforme a Polícia
Civil, nenhuma condição de moradia.
Além disso, foram encontrados diversos
alimentos vencidos, inclusive um peixe no chão.
De acordo com o g1, a gerente do restaurante Sushi Vila Formosa foi presa em
flagrante e foi liberada após audiência de custódia.
O flagrante ocorreu na quinta-feira (17).
"O lugar que eles [funcionários]
ficavam tinha zero de higiene e era muito pequeno. Geladeira para eles não
funcionava, era servido café da manhã e ficava o dia inteiro exposto. Lugar
mofado. Isso chamou bastante a atenção e um dos funcionários falou que a
maioria veio do Nordeste com a promessa de trabalho com alojamento e
alimentação. Mas nenhum deles estava registrado. Alguns com três, quatro meses
de trabalho, outros um pouco mais, mas uma situação muito precária",
afirmou a delegada Ivalda Aleixo.
"Chamou a atenção também que eles
eram orientados a reaproveitar a comida do restaurante. Quando era deixada no
prato por um cliente, a comida voltava para outro. A delegada entrou em contato
comigo imediatamente e disse que haveria mais coisas no local. E lá dentro do
restaurante percebemos que havia peixe no chão e produto vencido. Esse produto
foi dito que era usado para sobremesa. Freezer totalmente sem higiene".
"Nenhum deles estava obrigado, mas
todos são muito pobres e não têm para onde ir sem dinheiro. Um deles estava com
infecção no pé e mesmo assim estava trabalhando. Outra funcionária contou que
veio da Paraíba em busca de emprego por convite e que estava ali pouco tempo,
mas que a desculpa que se dava era que aquela situação era enquanto estava em
experiência. A passagem para ir para São Paulo era descontada no salário".
"Eles disseram que já tinham feito
uma reclamação que o lugar que eles estavam tinha muito mofo. Era pior ainda.
Então, eles foram para outro lugar no fundo sem condição de dormir, de
banheiro. A falta de higiene era impressionante, nojenta mesmo",
ressaltou Ivalda.
(Créditos: g1 SP)
Fotos: Polícia Civil SP
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