A Polícia Federal divulgou o que foi apreendido ontem (16/02) na Operação “Halving” na sede da Braiscompany em Campina Grande, bem como em Lagoa Seca, João Pessoa e São Paulo.
Foram apreendidos quatro celulares,
cinco veículos (Audi, BMW, Toyota, Nissan e Porche), 15 computadores, 50 placas
de vídeo, “10.362 dólares”, “188 mil reais” e 27 relógios (entre eles: Rolex,
Hublot, Patek)
No que diz respeito aos bens imóveis e
criptoativos o levantamento ainda está sendo feito.
O objetivo da operação foi combater
crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais (crimes
cometidos por sócios da empresa especializada em criptoativos).
Nos últimos quatro anos foram
movimentados valores equivalentes a aproximadamente “1,5 bilhão de reais” em
criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.
Foram cumpridos Mandados de Busca a
Apreensão.
Dois Mandados de Prisão Temporária foram
expedidos contra o casal de sócios fundadores da Braiscompany, Antônio Neto Ais
e Fabrícia Farias Campos.
O casal não foi localizado.
As atividades da empresa estão suspensas
parcialmente por determinação da justiça.
Um número ainda não informado de pessoas
investiu dinheiro na promessa de um bom lucro, no mínimo de “5 por cento” de
juros.
A empresa chegou até a pagar mais.
A situação começou a preocupar quando a
partir de dezembro “o lucro” deixou de cair na conta dos clientes.
Foram investimentos de diversos valores:
somas consideradas “pequenas” a até milhões de reais.
O Ministério Público da Paraíba
ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) pedindo o
bloqueio de R$ 45 milhões da empresa e de seus sócios.
No processo, o MPPB cita que a
Braiscompany fracassou, "como muitas
outras que emergiram das profundezas do mercado de capitais nos últimos anos, foi
envolvida em escândalos policialescos por possível prática do pichardismo, ou,
na expressão mais comum, de pirâmide financeira".
O Promotor de Justiça de Campina Grande
e Diretor Regional do Procon na Paraíba, Sócrates da Costa Agra, disse que o MP
tem “uma boa notícia” para quem investiu dinheiro na Braiscompany.
“Nós temos uma boa notícia para os
investidores. Nós localizamos valores que nós não podemos aqui relatar o valor,
ainda, porque estamos esperando uma confirmação. Mas uma boa notícia é que nós
haveremos de resgatar alguns valores que encontramos”, afirmou o
Promotor.
“Nós buscamos o ressarcimento dos valores em
prol dos investidores e vale salientar que a nossa ação é em benefício de tordos.
Qualquer decisão vem em favor dos investidores. O Ministério Público está
fazendo o seu papel para reparar o dano coletivo”, afirmou.
(Por www.renatodiniz.com)
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