O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius Carvalho, disse nesta sexta-feira (17/02) que existe registro de vacinação contra a Covid-19 no cartão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele também relatou que o órgão apura se
o cartão foi adulterado para acrescentar o imunizante
Em entrevista para a CNN Brasil, o
ministro do governo Lula confirmou que há uma troca de ofícios entre o
Ministério da Saúde e a CGU questionando se o ex-chefe do Executivo federal
recebeu a vacina Janssen no dia 21 de julho de 2021, em São Paulo, período em
que o país enfrentava uma grave crise sanitária.
“Esse registro existe. Pelo menos pelo que a
gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma
pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como
negar”, revelou para os jornalistas Raquel Landim e Felipe Moura
Brasil.
Agora há uma investigação para saber se
a informação foi adulterada.
O ministro relatou que, por causa de uma
denúncia realizada no ano passado, iniciou-se uma apuração sobre o caso no fim
de dezembro.
“Se há anotações no cartão de vacina dele
[Bolsonaro], do DataSUS, de que ele se vacinou e se houver uma inserção
indevida de anotações sobre a vacina dele, seja no sentido de colocar
informações de que ele se vacinou ou de retirar informações relativas à sua
vacinação, nossa expectativa é que, com a apuração, a gente descubra se isso
aconteceu”, relatou Vinicius.
MINISTRO
JÁ TINHA INDICADO INTERESSE EM INVESTIGAR O CASO
O ministro da CGU, Vinícius de Carvalho,
disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo no início de fevereiro que achava
"legítimo" o debate acerca do tema, lembrando que Bolsonaro alegou
diversas vezes que não tomou a vacina contra a Covid-19.
"Há uma discussão quando se está
diante de uma política pública de vacinação no meio de uma pandemia. As pessoas
eram estimuladas ou desestimuladas a se vacinarem e isso gerava impacto no
índice de contaminação, nas mortes. Em uma situação como essa, será que há
interesse público numa carteira de vacinação de uma autoridade pública? A
discussão é legítima e a decisão vai ser tomada pela área técnica da CGU",
esclareceu.
(iG)
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