O advogado Leandro Mathias, que foi atingido por um disparo da própria pistola enquanto acompanhava a mãe em uma ressonância magnética em São Paulo, em janeiro, não resistiu ao ferimento e morreu nesta segunda-feira (06/02).
A informação foi confirmada pela OAB-SP
108ª Subseção de Cotia, na Grande São Paulo.
"É com profundo pesar que a OAB
Cotia comunica a todos os colegas advogados a perda inesperada do nosso querido
amigo e advogado. Lamentamos a perda e nos solidarizamos com a família neste
momento de dor", escreveu nas redes sociais.
O advogado que defende a família confirmou
que o paciente não resistiu.
A morte do advogado causou comoção entre
os conhecidos e advogados, que publicaram mensagens de apoio à família.
"Arrasado com esta notícia.
Infelizmente, meu amigo partiu para o reino dos céus. A terra ficou pequena com
a sua ausência, mas o céu está em festa com a sua chegada, vou sentir saudades
das nossas conversas, meu amigo, um dia vamos nos encontrar novamente",
disse nas redes sociais um amigo.
Leandro tinha 40 anos e foi baleado no
dia 16 de janeiro, quando acompanhava a mãe no laboratório Cura, na Avenida
Brigadeiro Luís Antônio, nos Jardins, região central da capital paulista.
Favorável a políticas armamentistas,
Leandro costumava usar seu perfil no TikTok com mais de 7 mil seguidores para
tirar dúvidas de internautas sobre arma e também registro de colecionador,
atirador desportivo e caçador (CAC).
Em quatro anos de mandato, o governo de
Jair Bolsonaro concedeu em média 691 registros de novas armas por dia para CACs
(grupo formado por caçadores, atiradores e colecionadores).
Foram ao todo 904.858 registros para
aquisição de armas entre 2019 e 2022, indicam dados do Exército obtidos pelo g1 via Lei de Acesso à Informação.
PISTOLA
DE 30 MUNIÇÕES
De acordo com a polícia, ele entrou na
sala do exame com uma pistola 9 milímetros, pente extra e 30 munições.
Logo que a máquina começou a funcionar,
ela puxou a arma como se fosse um imã.
Assim que ela bateu no aparelho, houve o
disparo.
Por pouco, o tiro não atingiu
funcionários.
Em nota, anteriormente, o laboratório
lamentou o que chamou de incidente e informou que não sabia que o acompanhante
estava armado.
Ressaltou também que todos os protocolos
de prevenção de acidentes foram seguidos e informou que a paciente e o
acompanhante foram devidamente orientados quanto aos procedimentos da
ressonância.
O laboratório disse ainda que eles foram
alertados sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico para entrarem na
sala de exame e que ambos assinaram termo de ciência com relação a essa
orientação.
Desde então, Leandro permanecia
internado no Hospital São Luiz, também na cidade de São Paulo.
A Polícia Civil investiga o caso como
disparo de arma de fogo.
Leandro possuía autorização para portar a arma.
O 14º Distrito Policial (DP), em
Pinheiros pediu que o Instituto de Criminalística (IC) periciasse a arma e o
local onde ocorreu o disparo.
(g1)
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