*Empresa “movimentou” 1,5 bilhão de
reais
*Ministério Público
da PB solicita bloqueio de bens
Uma operação da Polícia Federal e do Ministério
Público Federal na manhã desta quinta (16/02) caiu como uma bomba em Campina
Grande, mas ao mesmo tempo já era esperada uma ação dos órgãos federais.
O alvo foi a Braiscompany.
O objetivo: combater crimes contra o
sistema financeiro e contra o mercado de capitais.
Em nota a Polícia Federal informou que
em tese são crimes cometidos por sócios da empresa especializada em
criptoativos.
A Polícia Federal informou que nos
últimos quatro anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente “1,5
bilhão de reais” em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.
Durante a operação foram cumpridos, oito
Mandados de Busca e Apreensão na Braiscompany em Campina Grande, numa
residência em Lagoa Seca, e ainda em João Pessoa, além de São Paulo.
Na ação também foram cumpridos
sequestros de bens.Dois Mandados de Prisão Temporária foram
expedidos contra o casal de sócios fundadores da Braiscompany, Antônio Neto Ais
e Fabrícia Farias Campos.
O casal não foi localizado e é
considerado foragido.
A operação foi denominada “Halving” que
é, de acordo com a PF, uma alusão ao aumento da dificuldade de mineração do
bitcoin, que ocorre a cada quatro anos, período semelhante a ascensão e derrocada
do esquema investigado.
A polícia aprendeu documentos, computadores,
placas de vídeos, uma quantia em dinheiro, e três veículos (um Porsche, um
Nissan Kicks e uma BMW).
Durante a ação da PF e do MPF muita
gente parou pra ver o que estava acontecendo na sede da Braisconpany às margens
do Açude Velho.
Funcionários que chegavam para
trabalhar, foram informados que não poderiam entrar no prédio.
As atividades da empresa estão suspensas
parcialmente por determinação da justiça.
O constante entra e sai de policiais
federais deixou muita gente curiosa.
Pessoas que investiram dinheiro na
promessa de um bom lucro, no mínimo de “5 por cento” de juros.
A empresa chegou até a pagar mais.
A situação começou a preocupar quando a
partir de dezembro “o lucro” deixou de cair na conta dos clientes.
Foram investimentos de diversos valores:
somas consideradas “pequenas” a até milhões de reais.
O Ministério Público da Paraíba
ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) pedindo o
bloqueio de R$ 45 milhões da empresa e de seus sócios.
Os promotores Romualdo Tadeu e Sócrates
Agra sugerem que o valor seja sequestrado de contas bancárias e veículos
automotivos registrados em nomes dos alvos com fabricação superior ao ano de
2013.
O órgão pede ainda arrolamento dos bens
e imóveis, o sequestro de uma aeronave Hawker, Beechcraft, ano de fabricação de
1998, modelo 400, matrícula RAB n. 20149, em 19 de janeiro do ano corrente, a
ser efetivado no Registro Aeronáutico Brasileiro(RAB) da Agência Nacional de
Aviação Civil (ANAC).
Em nota, o MPPB afirma que a ação
cautelar para congelamento de bens da empresa busca assegurar medidas que
possam reparar os danos sofridos pelos investidores.
O MPPB lista ainda que sejam suspensas
as ofertas de novos contratos, sob pena de multa de “100 mil reais” por
contrato celebrado;
Que o Cartório de Registro de Imóveis da
Paraíba informe as transferências de propriedades realizadas pelos demandados
nos últimos 120 dias;
Quer a relação de Brokers contento nome
completo, cpf, telefone e endereço residencial, bem como o vínculo jurídico
(contratual ou CLT).
(Por www.renatodiniz.com)
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