quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

BRAISCOMPANY É ALVO DE OPERAÇÃO DA PF E MPF

*Empresa “movimentou” 1,5 bilhão de reais
*Ministério Público da PB solicita bloqueio de bens

Uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na manhã desta quinta (16/02) caiu como uma bomba em Campina Grande, mas ao mesmo tempo já era esperada uma ação dos órgãos federais.
O alvo foi a Braiscompany.

O objetivo: combater crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais.
Em nota a Polícia Federal informou que em tese são crimes cometidos por sócios da empresa especializada em criptoativos.
A Polícia Federal informou que nos últimos quatro anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente “1,5 bilhão de reais” em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.
Durante a operação foram cumpridos, oito Mandados de Busca e Apreensão na Braiscompany em Campina Grande, numa residência em Lagoa Seca, e ainda em João Pessoa, além de São Paulo.
Na ação também foram cumpridos sequestros de bens.
Dois Mandados de Prisão Temporária foram expedidos contra o casal de sócios fundadores da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias Campos.
O casal não foi localizado e é considerado foragido.
A operação foi denominada “Halving” que é, de acordo com a PF, uma alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que ocorre a cada quatro anos, período semelhante a ascensão e derrocada do esquema investigado.
A polícia aprendeu documentos, computadores, placas de vídeos, uma quantia em dinheiro, e três veículos (um Porsche, um Nissan Kicks e uma BMW).
Durante a ação da PF e do MPF muita gente parou pra ver o que estava acontecendo na sede da Braisconpany às margens do Açude Velho.
Funcionários que chegavam para trabalhar, foram informados que não poderiam entrar no prédio.
As atividades da empresa estão suspensas parcialmente por determinação da justiça.
O constante entra e sai de policiais federais deixou muita gente curiosa.
Pessoas que investiram dinheiro na promessa de um bom lucro, no mínimo de “5 por cento” de juros.
A empresa chegou até a pagar mais.
A situação começou a preocupar quando a partir de dezembro “o lucro” deixou de cair na conta dos clientes.
Foram investimentos de diversos valores: somas consideradas “pequenas” a até milhões de reais.
O Ministério Público da Paraíba ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) pedindo o bloqueio de R$ 45 milhões da empresa e de seus sócios.
Os promotores Romualdo Tadeu e Sócrates Agra sugerem que o valor seja sequestrado de contas bancárias e veículos automotivos registrados em nomes dos alvos com fabricação superior ao ano de 2013.
O órgão pede ainda arrolamento dos bens e imóveis, o sequestro de uma aeronave Hawker, Beechcraft, ano de fabricação de 1998, modelo 400, matrícula RAB n. 20149, em 19 de janeiro do ano corrente, a ser efetivado no Registro Aeronáutico Brasileiro(RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Em nota, o MPPB afirma que a ação cautelar para congelamento de bens da empresa busca assegurar medidas que possam reparar os danos sofridos pelos investidores.
O MPPB lista ainda que sejam suspensas as ofertas de novos contratos, sob pena de multa de “100 mil reais” por contrato celebrado;
Que o Cartório de Registro de Imóveis da Paraíba informe as transferências de propriedades realizadas pelos demandados nos últimos 120 dias;
Quer a relação de Brokers contento nome completo, cpf, telefone e endereço residencial, bem como o vínculo jurídico (contratual ou CLT).
(Por www.renatodiniz.com)

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