sábado, 25 de março de 2023

FALSO MÉDICO TRABALHOU EM QUATRO HOSPITAIS COM SALÁRIO DE ATÉ R$ 42 MIL

O falso médico Thiago Celso Andrade Reges, 36 anos, preso em Fortaleza por exercer de forma ilegal medicina, trabalhou de forma ilícita em, pelo menos, quatro hospitais públicos no interior do Cerará.

As cidades foram Itapajé, Mulungu, Baturité e Pentecoste.
Somente em Itapajé ele recebeu salário mensal de “42.500 reais”.
A captura de Thiago ocorreu em 17 de fevereiro, no Bairro Cocó, em um prédio da área nobre da capital cearense.
Além do exercício ilegal da medicina, ele é investigado por estelionato e falsidade ideológica e de documentos, pois tentou validar um falso diploma no Acre.
Em 2020, por meio de uma decisão judicial, o falso médico conseguiu que a reitoria da Universidade Estadual do Ceará (Uece) aprovasse a revalidação nacional do diploma de médico supostamente obtido da Universidad Privada Abierta Latinoamericana, na Bolívia.
Na ocasião, ele chegou a ser registrado no Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec).
Posteriormente, foi descoberto que o diploma era falso e que o homem não havia concluído o curso.
Durante as investigações, conduzidas pelo 5º Distrito Policial do Ceará, foi verificado que o Cremec já havia recolhido a carteira do órgão, que havia sido obtida de forma fraudulenta e instaurado procedimento administrativo contra o suspeito.
No ano da revalidação do falso diploma, Thiago Celso atuou como plantonista no Hospital e Maternidade João Ferreira Gomes, em Itapajé.
Conforme consta no site da Prefeitura de Itapajé, o suspeito trabalhou na unidade, com vínculo temporário, de setembro a outubro de 2020.
Durante o período, foi registrado na folha de pagamento do município que o falso médico recebeu salários de R$ 22.500 a R$ 42.500 pelos plantões.
OSTENTAÇÃO NAS REDES SOCIAIS
Com 22 mil seguidores no Instagram, Thiago Reges se descreve como médico e criador de quarto de milha, uma raça de cavalo originária dos Estados Unidos, com alto valor comercial.
CONDENADO POR EXPLORAÇÃO SEXUAL
O falso médico foi um dos alvos da "Operação Delivery", que investigou uma rede de prostituição e exploração sexual envolvendo mulheres maiores e menores de idade em Rio Branco, no Acre.
Em julho de 2013, ele foi condenado, com outros 14 denunciados, em decisão do juiz Romário Divino, titular 2ª Vara da Infância e Juventude de Rio Branco na época.
(Do g1 CE)
Fotos: TV Verdes Mares

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