Alinhado com o posicionamento de especialistas, de entidades do setor e com a prática dos países com melhor qualidade de transporte público no Mundo, o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor), Eudo Laranjeiras, defendeu um novo modelo de tarifa para o transporte público coletivo no Brasil.
Trata-se do subsídio da tarifa pelo
poder público, de forma a tornar o custeio do serviço menos oneroso para o
usuário e menos deficitário para as empresas que atuam no segmento.
Atualmente, na absoluta maioria dos
municípios, a tarifa é custeada integralmente pelos passageiros pagantes, que
arcam, inclusive, com as gratuidades.
Conforme Eudo, isso força o preço da
tarifa para cima e, como os governantes acabam tentando segurar a recomposição
dos custos, as empresas que operam o serviço enfrentam um déficit que
compromete as condições de funcionamento e a qualidade do atendimento à
população, formando um círculo vicioso.
“É caro manter um serviço de transporte
público. Por isso, no mundo inteiro existe a prática de financiar o sistema e
cobrir benefícios, como a gratuidade para idosos e deficientes e a meia passagem
para os estudantes, por meio de recursos públicos”, explicou o
presidente da Fetronor.
Segundo dados da Associação Nacional de
Transportes Públicos (ANTP), cidades com um serviço de referência em qualidade
no mundo subsidiam parcela significativa do custo da passagem.
Assim, em Paris,
por exemplo, o usuário paga o equivalente a apenas 27% da tarifa; em Barcelona,
25%; e em Londres, 37%.
No Brasil, modelos de desoneração da
tarifa estão em discussão no Congresso Nacional e alguns municípios começaram a
aplicar ações de subsídio da passagem.
(Por assessoria)
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