Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, enviou “60 milhões de reais” para integrantes do PCC nas ruas executarem o resgate dele na prisão.
Segundo o promotor de Justiça Lincoln
Gakiya, o plano é financiado pelos irmãos Camacho – não pelos cofres da
organização.
E continua em curso.
O
QUE ACONTECEU...
*Marcola
e o irmão
Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior liberaram “60 milhões de reais” para
que integrantes da facção nas ruas providenciassem o resgate do líder do PCC.
Marcola está preso no presídio federal
de Brasília.
*O
dinheiro vem
do tráfico de drogas.
Segundo as investigações, Marcola chega
a faturar “5 milhões de reais” por semana com negócios particulares.
*A
suspeita é que
os integrantes do PCC tenham contratado quadrilhas
de roubo a banco para a operação.
*Os
grupos escolhidos
têm experiência em planejamento e logística de ações aos moldes do "domínio
de cidades" ou "novo cangaço".
*O
encarregado pelo resgate de Marcola seria Devanir de Lima Moreira, o Deva.
Ele é apontado como o responsável pelo
PCC em ações na Bolívia e esteve com o líder da facção no presídio de
Presidente Venceslau em 2006.
*Deva
foi condenado
a 21 anos de prisão por formação de quadrilha e envolvimento em três roubos.
*As
ações envolvem
ataques contra joalherias e agências bancárias.
Ele está foragido.
OS
PLANOS DE AÇÃO DO PCC...
*Existem dois planos diferentes
orquestrados pela facção, o A e o B.
Segundo Gakiya, um está relacionado ao
outro.
*O
plano A,
chamado de STF, envolvia o resgate de Marcola "a qualquer custo" e
começou a ser desenvolvido em 2019.
Em agosto do ano passado, uma das
tentativas foi frustrada pela PF.
Em janeiro, Marcola teria voltado para o
Distrito Federal "contrariado e com a certeza de que seria
resgatado".
*O
plano B,
identificado como STJ, estava pronto para ser colocado em prática, caso o A não
desse resultado.
Inclui ataques e sequestros de agentes
públicos para "causar caos e desestabilizar a Segurança Pública" e
foi interceptado pela PF na quarta (22/03).
O
PLANO B
*O
plano para o atentado
contra o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) estava pronto e não
foi deflagrado porque faltava a autorização de Marcola, segundo o MP.
*Esse
plano contra
autoridades e agentes públicos começou a ser pensado em 2022, quando as
investigações identificaram recibos de pagamento de aluguéis de chácaras na
região metropolitana de Curitiba.
*O
PCC investiu
US$ 550 mil (R$ 2,9 milhões) na organização do atentado contra Moro.
Além das chácaras, o grupo procurou por
veículos blindados e armas.
*A
PM fazia escolta
de Moro havia um mês.
Após ser informada extraoficialmente sobre o plano do
PCC, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná providenciou proteção armada à
família do senador.
As informações sobre a investigação
foram repassadas à reportagem por diferentes fontes ligadas à operação da PF,
ao sistema prisional federal e às forças de segurança do Paraná e de São Paulo.
(Uol)
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