Patrik Velinton Salomão, 42, conhecido como Forjado, é um dos alvos da operação deflagrada nesta quarta-feira (22/03) pela Polícia Federal para prender integrantes do PCC investigados por planejar matar o senador Sergio Moro (União Brasil) e outras autoridades.
Forjado, é integrante do PCC e deixou a
penitenciária federal de Brasília, em fevereiro do ano passado, após cumprir
pena.
Hoje ele é considerado foragido.
Segundo o MP-SP, Forjado está abaixo
apenas da liderança máxima da organização.
Ele foi condenado a um total de 15 anos
e 10 meses de prisão e sairia apenas 14 de setembro deste ano, mas a pena foi
reduzida.
Policiais civis disseram ainda que sair
da prisão, Forjado foi morar em uma cobertura na capital de São Paulo.
Após a mudança, ele começou a ser
monitorado por agentes, depois para o Paraná, voltou para São Paulo e agora
está foragido.
Na operação de hoje, chamada de Operação
Sequaz, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos
estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Sete
mandados de prisão preventiva (três em Sumaré), e quatro mandados de prisão
temporária contra suspeitos (entre eles, um no Guarujá e outro em Presidente
Prudente).
Após a divulgação da ação policial, o
senador Sergio Moro (União Brasil) afirmou, por meio de sua assessoria, que era
um dos alvos dos criminosos.
"Sobre os planos de retaliação
contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um
pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR,
Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes
pelo apoio e trabalho realizado", escreveu Moro.
Os criminosos pretendiam realizar
ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e
extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação.
Até o momento, oito pessoas foram presas:
Janeferson Aparecido Mariano;
Patrick Uelinton Salomão;
Valter Lima Nascimento;
Reginaldo Oliveira de Sousa;
Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan;
Claudinei Gomes Carias;
Herick da Silva Soares;
Franklin da Silva Correa.
Além de Moro, outro alvo da facção
criminosa era o promotor Lincoln Gakiya, do GAECO de Presidente Prudente.
Em 2019, o governo federal e de São
Paulo transferiram Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais 21
integrantes do PCC para penitenciárias de segurança máxima do país.
Na época Sérgio Moro ainda era ministro
de Segurança Pública do governo Bolsonaro.
A transferência dos criminosos ocorreu
após o Ministério Público descobrir um plano da facção para resgatar os
principais líderes que estão presos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau,
no interior do estado de São Paulo.
O pedido para que os líderes do PCC
fossem transferidos foi feito pelo promotor Lincoln Gakiya que, desde então, se
tornou alvo de ameaças de morte.
Segundo a PF, os suspeitos pretendiam
"realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo
homicídios e extorsão mediante sequestro".
Os agentes identificaram, ainda, que os
ataques criminosos poderiam ocorrer de forma simultânea.
(Por iG)
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