As brasileiras acusadas de tráfico internacional de drogas, após terem as malas trocadas no aeroporto de Guarulhos, foram soltas na manhã desta terça-feira (11/04).
Elas ficaram mais de um mês presas em
Frankfurt, na Alemanha.
Jeanne Paollini e Kátyna Baía receberam a autorização
de soltura do Ministério Público alemão.
"O ministério público alemão
enviou uma ordem direta para o presídio onde elas estão presas para que sejam
liberadas, porque elas foram inocentadas", contou a advogada do
casal, Chayane Kuss de Souza, em entrevista à TV Globo, minutos antes da soltura da dupla.
Jeanne e Kátyna Baía não precisam esperar
nenhum trâmite processual.
Segundo a defesa, a atuação do MP alemão
foi rápida e inédita.
"Não existe precedentes na
Alemanha de que o Ministério Público tenha agido tão ativamente",
diz Chayane.
"Não precisa de chancela do juiz.
Elas serão soltas hoje. Na Alemanha funciona assim. A legislação permite que
quando o Ministério Público arquiva o processo, que peça então que sejam
liberadas", explicou.
ENTENDA
O CASO
Jeanne, médica veterinária, e Kátyna,
empresária, são casadas e planejavam passar 20 dias de férias na Europa, mas
foram presas em uma escala em Frankfurt no dia 5 de março, sob a suspeita de
tráfico internacional de drogas.
Elas foram presas em posse de duas malas
com 20 quilos de cocaína cada.
De acordo com a investigação da Polícia
Federal, as brasileiras fizeram uma escala no Aeroporto Internacional de
Guarulhos (SP), onde tiveram as etiquetas das malas trocadas por uma quadrilha.
A ação foi constada através das imagens
de câmeras de segurança.
O esquema era operado por meio da
parceria de funcionários terceirizados no aeroporto.
Ao menos sete pessoas foram detidas na
Operação Iraúna, que investiga o caso.
Na semana passada, a Secretaria Nacional
de Justiça compartilhou com a Justiça alemã o inquérito da Polícia Federal com
a documentação e os vídeos que comprovam que as etiquetas das malas de Kátyna e
Jeanne foram trocadas no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP).
Os documentos foram encaminhados com a
tradução juramentada, via Ministério da Justiça e Itamaraty.
(Terra)
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