O general Gonçalves Dias pediu nesta quarta-feira (19/04) demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
O pedido ocorre após vídeo mostrando o
ministro no Palácio do Planalto durante invasões golpistas de 8 de janeiro.
O pedido foi feito após reunião com Lula
e chefes de outras pastas, no Palácio do Planalto.
O general da reserva é o primeiro
ministro a deixar o governo no terceiro mandato de Lula.
A atuação do GSI durante os atos de 8 de
janeiro, em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e
depredaram as sedes dos Três Poderes, é alvo de críticas.
A presença e a atuação de Dias no
Palácio do Planalto, sede do Executivo, no dia dos atos foi divulgada em vídeo
pela CNN Brasil.
As imagens mostram Gonçalves Dias e
funcionários do GSI circulando entre os invasores no Palácio do Planalto no dia
8 de janeiro.
Um dos funcionários do GSI conversa com
invasores e os cumprimenta.
Outro trecho mostra servidores do órgão
entregando água aos vândalos.
JUSTIFICATIVA
DO GSI
O GSI divulgou nota para justificar a
presença do chefe do órgão no Palácio do Planalto. Em nota, o GSI afirmou que
as imagens mostram a “atuação dos
agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os
quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto”.
"A respeito de reportagem veiculada no dia de hoje, sobre os ataques do
8 de janeiro, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
(GSI) esclarece que as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança que
foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos
do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde,
após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a
prisão dos mesmos", explicou o GSI.
QUEM
É GONÇALVES DIAS?
Marco Edson Gonçalves Dias é natural de
Americana (SP).
Ele entrou para o Exército em 1969, por
meio da Escola Preparatória de Cadetes do Exército.
Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de
Oficiais em 1986 e a Escola de Comando e Estado Maior do Exército em 1994.
Chegou a ocupar o cargo de Comandante da
Sexta Região Militar e a comandar o 19° Batalhão de Infantaria Motorizado.
Foi alçado ao cargo de general e,
atualmente, está na reserva (como os militares chamam a sua aposentadoria).
Dentro do governo, já foi Secretário de
Segurança da Presidência da República do governo Lula e chefe da Coordenadoria
de Segurança Institucional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
(Por g1)
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