Aguardem o estouro!
Motocicletas roubadas em Campina Grande,
Puxinanã, Pocinhos, Lagoa Seca, Esperança, Alagoa Nova e Matinhas têm um
destino: Montadas.
A cidade seria um dos “pontos de apoio”.
Dois bairros e uma comunidade bastante conhecida na zona rural estão na mira e monitoradas pela polícia.
A partir de lá os veículos “tomam”
destinos ignorados, no entanto a hipótese de voltar para o seu dono existe, mas
tem um preço que envolve extorsão, chantagem, ameaça e até zombar da vítima.
Vejam
trechos de diálogos entre vítimas e acusados:
CASO
1 (janeiro/2023)
ACUSADO:
“...Pois é, tua moto eu sei onde tá tua moto....”
VÍTIMA:
“Mas você já me disse isso ontem. Como faço pra pegar? Meu amigo, passe o
endereço. Obrigado, eu gratifico. É gratificação que você quer é?…”
ACUSADO:
Peraí meu irmão. Né assim não. Vamos conversar. Mas primeiro passa o pix do
acordo que tu não passou. Tá me enrolando...”
CASO
2 (fevereiro/2013)
ACUSADO:
...“Cara. Cadê o resto do dinheiro? Tá faltando 300 paus. Vou tocar fogo nesta
porra! Quer ver?”
VÍTIMA:
Rapaz, tu disse que ia me ajudar, que tava certo o valor. Eu preciso da moto...
Me dê mais meia hora...”
ACUSADO:
“Se tu colocar a polícia no meio, vou mandar o vídeo da carvoeira. Da bicha
pegando fogo”.
Caso
3 (Março/2023)
VÍTIMA:
“.... É essa motinha mesmo. Me dê uma força...”
ACUSADO:
“Força? A força é 300 reais. Eu deixo ela na frente da prefeitura”.
VÍTIMA:
“Mas cara, é meu instrumento de trabalho...”
ACUSADO:
“Tu é um fudi***. O cara ir trabalhar com essa ‘misera’...”
VÍTIMA:
“Tudo bem, mas como faço pra ter certeza que vou ter a moto de volta?”
ACUSADO:
“Bota um adivinhão no bolso (sorrisos)...”
Cada moto roubada tem três destinos:
*Desmonte (desmanche) para vender as
peças;
*Revender os veículos (a moto perdia
alguma característica original) e assim dificultava o reconhecimento)
geralmente nas cidades fora da região onde foi roubada;
*A moto era oferecida de volta ao
proprietário via whatsapp (mediante extorsão).
Para se ter uma ideia, em fevereiro, uma
moto roubada em Campina Grande foi devolvida ao proprietário após uma
negociação.
O dono do veículo desembolsou “800
reais”.
A moto foi localizada na entrada do
sítio Mares Pretos.
Caso ele não pagasse, a moto seria
queimada e ele receberia um vídeo do incêndio.
Mas não é só isso: por trás desse
esquema quase “invisível” se revela também uma rede de tráfico que envolve
cocaína.
15 suspeitos já foram identificados.
"A sutuação é muito mais ampla", disse a fonte.
(Por www.renatodiniz.com)
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