terça-feira, 18 de abril de 2023

MP REALIZA OPERAÇÃO POR MANIPULAÇÃO DE RESULTADOS DE JOGOS DO BRASILEIRÃO

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou na manhã desta terça-feira (18/04) a Operação Penalidade Máxima II, visando obter novos vestígios da atuação de uma organização criminosa que tem atuação especializada na manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol profissional - incluindo o Campeonato Brasileiro da Série A.

Três mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos.
De acordo com o MP, há suspeitas de que o grupo criminoso tenha concretamente atuado em pelo menos cinco jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, assim como em cinco partidas de Campeonatos Estaduais, entre eles, os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, todos deste ano.
Os mandados estão sendo cumpridos em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).
De acordo com o Ministério Público, a ação é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023 a qual resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo. 
Um dos investigados pela operação é o jogador Victor Ramos, da Chapecoense.
Ao Terra, o assessor e empresário do atleta, Lucas Reis, negou qualquer envolvimento.
Ele afirmou que o jogador está sendo investigado porque pode ter recebido uma ligação com proposta para participar do esquema, porém, Victor, segundo ele, jamais aceitaria a proposta.
Conforme já apurado pelo MP, o grupo criminoso atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre “50 mil a 100 mil reais” aos atletas para que eles cometessem eventos determinados nos jogos.
A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo.
Há indícios de que as condutas previamente solicitadas aos jogadores visam possibilitar que os investigados consigam grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os lucros.
(Terra)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.