Saiba o significado de cada dia da
Semana Santa celebrada pelos católicos.
A semana Santa começa com o Domingo de
Ramos e se encerra com o Domingo de Páscoa.
DOMINGO
DE RAMOS
O Domingo de Ramos abre, por excelência,
a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém,
poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição.
Este domingo é chamado assim, porque o
povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão
por onde o Senhor passaria montado num jumento.
SEGUNDA-FEIRA
SANTA
Neste dia, proclama-se, durante a Missa,
o Evangelho segundo São João.
Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a
Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida.
Está cada vez mais próximo o desenlace
da crise.
TERÇA-FEIRA
SANTA
A mensagem central deste dia passa pela
Última Ceia.
Estamos na hora crucial de Jesus.
Cristo sente, na entrega, que faz a
“glorificação de Deus”, ainda que encontre, no caminho, a covardia e o desamor.
No Evangelho, há uma antecipação da
Quinta-feira Santa.
Jesus anuncia a traição de Judas e as
fraquezas de Pedro.
QUARTA-FEIRA
SANTA
Em muitas paróquias, especialmente no
interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira
Santa.
Os homens saem, de uma igreja ou local
determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro
ponto com Nossa Senhora das Dores.
Acontece, então, o doloroso encontro
entre a Mãe e o Filho.
O padre proclama o célebre “Sermão das
Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à
penitência.
QUINTA-FEIRA
SANTA
Santos
óleos
– Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos
óleos usados durante todo o ano pelas paróquias.
São três os óleos abençoados nesta
celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Ela conta com a presença de bispos e
sacerdotes de toda a diocese.
É um momento de reafirmar o compromisso de servir
a Jesus Cristo.
Lava-pés – O Lava-pés é
um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa,
quando recorda a última ceia do Senhor.
Jesus, ao lavar os pés dos discípulos,
quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o
serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior
explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.
O rito do lava-pés não é uma encenação
dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus.
Instituição
da Eucaristia
– Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da
Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória
da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu
Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos
para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.
A palavra “Eucaristia” provém de duas
palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa a
presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
Instituição
do sacerdócio
– A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia
como hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o,
partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.”
(cf. Mt 26,26).
Ele quis, assim como fez na última ceia,
que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o
vinho: “Fazei isto em memória de mim”.
Com essas palavras, o Senhor instituiu o
sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
SEXTA-FEIRA
SANTA
A
tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo
no Calvário.
A cruz, erguida sobre o mundo, segue de
pé como sinal de salvação e esperança.
Com a Paixão de Jesus, segundo o
Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do
discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado.
Via-sacra – Ao longo da Quaresma,
muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso
que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para
nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se
doou por nós.
Em muitas paróquias e comunidades, são
realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo
por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.
SÁBADO
SANTO
O Sábado Santo não é um dia vazio, em
que “nada acontece”.
Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa.
A grande lição é esta: Cristo está no
sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa.
O próprio Jesus está calado.
Ele, que é Verbo, a Palavra, está
calado.
Depois de Seu último grito na cruz –
“Por que me abandonaste?”, Ele cala no sepulcro agora.
Descanse: “tudo está consumado!”.
Vigília
Pascal
– Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor,
meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na
oração e no jejum, Sua Ressurreição.
Todos os elementos especiais da vigília
querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua
passagem da morte para a vida.
A celebração acontece no sábado à noite.
É uma vigília em honra ao Senhor, de
maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36),
tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os
encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.
Bênção
do fogo
– Fora da Igreja, prepara-se a fogueira.
Estando o povo reunido em volta dela, o
sacerdote abençoa o fogo novo.
Em seguida, o Círio Pascal é apresentado
ao sacerdote.
Com um estilete, o padre faz nele uma
cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo.
Assim, ele expressa, com gestos e
palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São
Paulo.
Nada escapa da Redenção do Senhor, e
tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
Procissão
do Círio Pascal
– As luzes da igreja devem permanecer apagadas.
O diácono toma o Círio e o ergue, por
algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”.
Todos respondem: “Demos graças a Deus!”.
Os fiéis acendem suas velas no fogo do
Círio Pascal e entram na igreja.
O Círio, que representa o Cristo
Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica
o caminho à terra prometida, avança em procissão.
Proclamação
da Páscoa
– O povo permanece em pé com as velas acesas.
O presidente da celebração incensa o
Círio Pascal.
Em seguida, a Páscoa é proclamada.
Liturgia
da Palavra
– Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da
Palavra.
As leituras da vigília têm uma coerência
e um ritmo entre elas.
A melhor chave é a que nos deu o próprio
Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes
(aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc
24, 27).
DOMINGO
DA RESSURREIÇÃO
É o dia santo mais importante da
religião cristã.
Depois de morrer crucificado, o corpo de
Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e
seu corpo foram reunificados.
Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a
passagem da escravidão para a liberdade.
A presença de Jesus ressuscitado não é
uma alucinação dos Apóstolos.
Quando dizemos “Cristo vive” não estamos
usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em
nossa lembrança.
(Por: Ascom Com informações da CNBB)
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