Conhecida como "Bibi Perigosa", a chefe de uma facção criminosa de tráfico de drogas que atua no Rio Grande do Norte, de 31 anos, foi presa pela Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeita de articular os ataques que ocorreram em Natal (RN), em março deste ano.
Identificada como Andreza Cristina Lima
Leitão, ela é uma mulher de muitos apelidos e também é conhecida como
"Andreza Patroa".
A criminosa estava escondida no Rio de Janeiro há
três anos, desde 2020, onde utilizava uma identidade falsa e passou a adotar o
nome de Rafaela de Freitas Carvalho, segundo informações da TV Globo.
A traficante, apesar de conhecida como
"Bibi Perigosa", é apenas uma "xará" da personagem que
inspirou a novela "A Força do Querer", da TV Globo, papel
interpretado à época por Juliana Paes.
Andreza ganhou o apelido em homenagem a
essa personagem criada por Glória Perez na trama, exibida pela emissora em
2017.
A Bibi original foi na verdade inspirada
na produtora de cinema Fabiana Escobar, que já foi primeira-dama do tráfico na
Rocinha (RJ), mas deixou a vida do crime.
Portanto, ela não está relacionada ao
caso da traficante presa neste domingo (02/04).
PRISÃO
E HISTÓRIA COM O TRÁFICOSegundo a Polícia, quando chegou no Rio,
Andreza se abrigou no Complexo da Penha, na Zona Norte da cidade, de onde
continuou chefiando o tráfico no Rio Grande do Norte.
De acordo com a TV Globo, do Complexo da
Penha, ela migrou para a Vila Kennedy, na Zona Oeste.
As duas comunidades são chefiadas pela
mesma facção criminosa, o Comando Vermelho.
Considerada uma das maiores traficantes
do Rio Grande do Norte, Andreza foi monitorada pelos policiais da Delegacia de
Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio por uma semana, até que ela deixou a
favela para ir ao shopping, onde foi capturada.
Segundo dados de inteligência, ela
pertence a facção que articulou os ataques terroristas no Rio Grande do Norte,
que incluíram assassinatos, roubos em série, depredação de prédios públicos e
incêndios de veículos e residências.
Andreza se tornou uma das líderes do
tráfico depois da morte do marido, que foi assassinado em 2016.
Ela e Elinaldo César da Silva, o
Sardinha, foram atacados a tiros na saída de uma boate em Natal.
Segundo a polícia, Andreza tentou
proteger o companheiro, mas não conseguiu.
A Polícia Civil informou que ela acumula
vários processos na Justiça, que incluem os crimes de tráfico de drogas,
organização criminosa e os ataques ocorridos no mês passado.
A traficante, inclusive, chegou a ser
presa em 2018, mas progrediu para o regime semiaberto no mesmo ano.
Ela então parou de se apresentar à
Justiça e passou a ser considerada foragida.
Em depoimento à autoridade policial, ela
negou o crime e afirmou que não tem mais envolvimento com o tráfico.
O delegado responsável, no entanto,
afirma que as investigações contradizem a alegação de Andreza.
(Do Terra)
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