O governo da Ucrânia convidou nesta terça-feira (18) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a visitar Kiev, capital ucraniana, para que ele "compreenda" a realidade da "agressão russa".
O petista tem sido acusado de estar
favorável à Rússia após dizer que os dois países são culpados pelo conflito.
“Eu penso que a construção da guerra foi mais
fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por
dois países”, afirmou Lula durante coletiva de imprensa em Abu Dhabi
nos últimos dias.
Oleg Nikolenko, porta-voz da diplomacia
ucraniana, criticou Lula no Facebook, por colocar "a vítima e o agressor no mesmo
nível" e atacar os aliados da Ucrânia que a ajudam a "proteger-se
de uma agressão assassina".
Nikolenko pediu ao presidente brasileiro
que "compreenda as reais causas e a essência" da guerra na
Ucrânia, desencadeada pela invasão russa no dia 24 fevereiro de 2022.
Ontem, Lula recebeu o ministro das
Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para promover uma mediação
internacional na guerra da Ucrânia.
Em reunião, o chanceler entregou um
convite de Vladimir Putin, presidente russo, para o presidente brasileiro ir à
Rússia.
“O presidente recebeu o ministro Lavrov para
uma visita de cortesia”, disse Mauro Vieira, ministro das Relações
Exteriores.
“O ministro Lavrov foi portador de uma carta de Putin para Lula para ir
à Rússia para o Fórum Econômico de São Petersburgo".
"As visões do Brasil e da Rússia
são únicas em relação aos acontecimentos que ocorrem na Rússia e estamos
atingindo uma ordem mundial mais justa, correta, baseando-se no direito e isso
nos dá uma visão de mundo multipolar", disse o chanceler russo.
(iG)
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