Kennedy Ramon Alves Linhares, acusado de matar a modelo paraibana Lorrayne Damares da Silva, foi condenado a 25 anos e seis meses de prisão pelo crime de feminicídio.
O julgamento aconteceu nesta terça-feira
(23/05), no Tribunal do Júri da Comarca de Cabedelo, na Grande João Pessoa, e
teve a duração de quase 10 horas.
A sessão foi presidida pela juíza auxiliar
da 1ª vara mista, Graziela Queiroga Gadelha de Sousa.
Conforme a juíza, além da condenação, o
acusado terá que pagar uma reparação civil no valor de “20 mil reais” para
família da vítima por dano moral.
O Ministério Público da Paraíba e a
defesa disseram que não iam recorrer a decisão.
Neste primeiro momento o condenado volta
para o presídio de segurança máxima, o PB1, onde ficará aguardando que transite
toda a sentença, para que o juiz de exercício penal decida se ele continua no
PB1 ou se vai para outro presídio.
Kennedy era ex-namorado da vítima na
época do crime e não aceitava o fim do relacionamento.
Para a Polícia Civil da Paraíba, na
época das investigações, ele confessou o crime.
Alegou que estrangulou a jovem para
"contê-la" e "acabou perdendo a noção da força" durante uma
briga.
Depois, Kennedy levou o corpo da modelo
e jogou embaixo de uma ponte da BR-230, nas proximidades da região conhecida
como Café do Vento, no município de Sobrado.
RELEMBRE
O CASOSegundo informações da Polícia Civil da
Paraíba, Lorrayne Damares da Silva tinha ido com o namorado para uma casa de
veraneio no município de Lucena, região metropolitana de João Pessoa, e essa
foi a última vez que ela foi vista com vida.
No dia 19 de dezembro de 2020, em uma
ação conjunta da PRF, da Polícia Civil da Paraíba e da Polícia Militar da
Bahia, Kennedy Ramon Alves Linhares foi preso na cidade de Eunápolis, extremo
sul da Bahia.
O homem confessou o crime ao ser preso e
disse que já tinha ameaçado a paraibana.
Teria sido Kennedey quem indicou o local
onde deixou o corpo, após matá-la.
O corpo de Lorrayne foi encontrado em
avançado estado de decomposição no dia 20 de dezembro.
Ele explicou que, após matar a jovem,
iniciou uma viagem para Santa Catarina, onde “recomeçaria a vida”.
Kennedy já tinha passagem pela polícia
pelos crimes de porte ilegal de armas, tráfico de drogas e violência doméstica.
De acordo com o delegado João Paulo
Amazonas, responsável pelo caso, existia um relacionamento abusivo.
(Por g1 PB)
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