Logo após divulgar mudanças em sua política de preços dos combustíveis, a Petrobras anunciou nesta terça-feira (16/05) reduções nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, confirmando informações que haviam sido vazadas pelo governo na semana passada.
O preço da gasolina nas refinarias da
estatal vai cair 12,6%, ou R$ 0,40 por litro.
O preço do diesel será reduzido em
12,8%, ou R$ 0,44 por litro.
Já o preço do gás de cozinha cairá
21,3%, ou R$ 8,97 por botijão de 13 quilos.
Os novos valores entram em vigor nesta
terça (16) e já refletem a nova política de preços, que abandonou o conceito de
paridade de importação, que simula quanto custaria para importar os produtos.
O repasse para o consumidor, porém,
depende de políticas comerciais de distribuidoras e postos.
No caso da gasolina, parte do ganho será
compensado pelo aumento do ICMS, no início de junho.
Segundo a Petrobras, seu preço de venda
da gasolina nas refinarias será de R$ 2,78 por litro.
Considerando os outros componentes do
preço, como impostos e o etanol anidro, a empresa estima que o preço médio
final fique em torno de R$ 5,20 por litro.
Em junho, porém, entra em vigor a novo
modelo de cobrança do ICMS, que terá alíquota única em todo o país.
De acordo com projeção do consultor
Dietmar Schupp, especialista em tributação de combustíveis, a mudança
representa aumento médio de R$ 0,20 por litro.
No caso do diesel, diz a estatal, o
preço médio de venda nas refinarias vai a R$ 3,02 por litro.
Considerando
impostos e biodiesel, a empresa espera um preço médio final de R$ 5,18 por
litro, com o produto voltando a custar menos do que a gasolina pela primeira
vez desde junho de 2022.
A companhia já havia sinalizado na
semana passada que cortaria os preços, depois que aliados do governo vazaram
informações de reunião do presidente da estatal, Jean Paul Prates, com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os preços internos dos combustíveis
estão bem superiores às cotações internacionais, segundo estimativa da Abicom
(Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
No caso da gasolina, por exemplo, a
diferença era de R$ 0,36 por litro na abertura do mercado desta terça.
Considerando apenas as refinarias da
Petrobras, a diferença era de R$ 0,42 por litro.
No caso do diesel, calcula a Abicom, o
preço interno era negociado com ágio médio de R$ 0,23 por litro.
Nas refinarias da estatal, o ágio era de
R$ 0,28 por litro.
O corte superior ao ágio já reflete a
nova política de preços, uma vez que a estatal não mais usará esse parâmetro na
sua definição de preços.
Agora, a formação de preços mira a busca
por clientes e o custo de oportunidade de venda dos produtos.
A expectativa é que a mudança contribua
para reduzir os preços no país.
A Petrobras não deixará de acompanhar as
cotações internacionais do petróleo, mas não mais incluirá em seus cálculos
custos como transporte e seguro de importação dos produtos.
Nos comunicados sobre cortes de preços
nesta terça, a empresa diz que "tem como objetivos principais a manutenção
da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de
suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a
otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e
internacional".
"Ciente da importância de seus
produtos para a sociedade brasileira, a companhia destaca que na formação de
seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado
internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente
competitivo salutar nos termos da legislação vigente", completou a
companhia.
(Por MSN)
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