Foto: Alex Silva/Estadão |
Daniel Alves teve novo recurso negado
pela Justiça espanhola e segue preso em Barcelona.
O lateral é acusado de estuprar uma jovem
em boate no final do ano passado e está detido desde 20 de janeiro.
É o terceiro pedido negado pelo jogador.
A defesa alegou que não existe risco de
fuga do atleta e ainda divulgou que os filhos de Daniel Alves estão de mudança
para a Espanha.
Porém, para a Justiça o risco de fuga
ainda existe, além das provas serem fortes suficientes para manter a prisão do
lateral.
Recentemente, o programa de televisão
espanhol En Boca de Todos exibiu de
forma íntegra o depoimento da jovem de 23 anos que acusa o jogador brasileiro
de estupro.
Os trechos contam os momentos antes e
depois da suposta agressão.
Em depoimento exibido no programa, a
jovem relatou alguns momentos na boate Sutton, antes da agressão.
Ela e as amigas negaram conhecer quem o
atleta era e foram até sua mesa para beber.
"Lembro que ele pegou minha mão e
colocou na minha parte baixa. Ele me disse novamente para sair e eu disse que
não. Comecei a ficar com muito medo e pensei: 'e se ele colocar alguma coisa na
minha bebida? E se ele fizer algo com minha amiga?' Pensei em tudo na hora",
declarou a jovem de 23 anos.
Depois, a mulher acabou aceitando o
convite do jogador para sair por uma porta, mas afirmou não saber onde ela
daria nem para onde iria.
"Naquele momento eu disse: 'Com
certeza é uma porta para a rua, ou é uma zona VIP ou outra área da boate.'",
contou.
Ela também relatou que quando reparou
que entraram no banheiro, ela entrou em estado de choque.
"Ele me colocou no chão, lembro
que fiquei em estado de choque, não sabia o que fazer ali".
A jovem contou detalhes do banheiro,
onde ficaram por volta de 17 minutos.
ENTENDA
O CASO
Daniel Alves teve a prisão decretada no
dia 20 de janeiro.
Ele foi detido ao prestar depoimento
sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de
dezembro.
O
Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 40 anos, sem direito
à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido,
ordenando a detenção.
O Pumas, do México, rescindiu o contrato
com o jogador no mesmo dia alegando "justa causa".
A acusação se refere a um episódio que
teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha.
O atleta, que defendeu a seleção
brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a
denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna.
A denunciante procurou as amigas e os
seguranças da balada depois do ocorrido. Material coletado encontrou vestígios
de sêmen, tanto internamente quanto no vestido da denunciante.
A equipe de segurança da casa noturna
acionou a polícia catalã (Mossos d'Esquadra), que colheu depoimento da vítima.
Uma câmera usada na farda de um policial
gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o
que foi dito por ela no depoimento oficial.
A mulher também passou por exame médico
em um hospital.
Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos
policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a
contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério
Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar.
No início de janeiro, o jogador deu
entrevista ao programa "Y Ahora
Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que
a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e
disse que nem a conhecia.
(Por Terra)
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