Investigações da Polícia Civil mostraram que o médico Gabriel Rossi, de 29 anos, foi atraído para a emboscada onde seria morto pelos capangas Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa e Guilherme Augusto Santana para indicar venda de entorpecentes em Dourados (MS).
Conforme informações repassadas pelo
delegado responsável pelo caso, Erasmo Cubas, Bruna Nathalia de Paiva planejou
o crime e contratou os três homens para matar o médico, porque Gabriel cobrou
dela uma dívida de “500 mil reais”.
Segundo a polícia, Bruna atraiu Gabriel
até o local com o pretexto de que um suposto conhecido dela buscava um
fornecedor de drogas na região de fronteira do estado precisava de um contato
que o médico poderia repassar.
Os dois integravam quadrilha
especializada em estelionatos.
Segundo o delegado, Gabriel era o rosto da
organização criminosa, ou seja, o nome e as fotos do médico eram colocados em
documentos de pessoas que não existiam, ou de mortos para sacar dinheiro em
contas bancárias.
O grupo também clonava cartões para
golpe.
Para Erasmo, Bruna se sentiu ameaçada ao
ser cobrada por Gabriel e encomendou a morte do médico, porque ele disse que se
não recebesse entregaria o esquema criminoso.
"Para se livrar da dívida, a
suspeita contratou três homens para matar o médico. A mulher teria pagado ‘150
mil reais’ ao trio pelo crime", disse Cubas na terça-feira (08/08).
Gabriel foi asfixiado com sacolas
plásticas e torturado por várias horas antes de morrer, segundo o exame.
O laudo necroscópico mostra que o médico
teve a garganta perfurada e morreu, possivelmente, por asfixia.
Além das torturas, o médico agonizou por
48 horas antes de morrer.
Essa é a conclusão da perícia após os primeiros
exames.
De acordo com as apurações da Serviço de
Investigações Gerais (SIG), de Dourados, Bruna ficou com o celular de Gabriel
após a morte dele.
Em troca de mensagens, a suspeita teria
se passado pelo médico e solicitado dinheiro a amigos da vítima.
Apenas neste momento, a mulher conseguiu
“2.500 reais”.
Os quatro suspeitos de assassinarem o
médico foram presos em Pará de Minas (MG).
Eles foram escoltados pela Polícia
Federal até Dourados na madrugada de terça-feira (08), onde prestaram
depoimento.
(Do g1 MS)
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