Uma trabalhadora doméstica negra de 90 anos foi encontrada pela Operação Resgate 3, no último dia 22 de agosto, em uma residência no Grajaú, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Ela trabalhava para a mesma família há
50 anos e, como doméstica, há 16.
Entre suas tarefas estava cuidar de uma
mulher de mais de 100 anos, mãe de sua empregadora.
Ela dormia em um sofá.
Ela foi a pessoa mais idosa resgatada
desde que o Brasil implementou o seu sistema de combate à escravidão
contemporânea em 1995.
Com isso, tirou o triste título de outra
mulher de 84 anos, resgatada de condições análogas às de escravo após 72 anos
trabalhando como empregada doméstica para três gerações de uma mesma família
também no Rio em maio do ano passado.
Nesse período, cuidou da casa e de seus
moradores, todos os dias, sem receber salário, segundo a fiscalização.
Essa foi a mais longa duração de
exploração de uma pessoa em escravidão contemporânea desde 1995.
(Leonardo Sakamoto – Uol)
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