A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (26/10), uma operação que tem o objetivo de desarticular um grupo criminoso composto por advogados que, associados a servidores da Previdência Social, seriam responsáveis por fraudes na concessão de benefícios previdenciários de salário maternidade rural em uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Campina Grande, Agreste da Paraíba.
A investigação teve origem com a análise
dos dados disponíveis nos sistemas que apontaram a desproporção do número de
benefícios de salário maternidade rural concedidos na agência do INSS, alvo da
ação de hoje, bem como o direcionamento para que a análise dos requerimentos de
benefícios previdenciários de interesse do grupo criminoso fossem feitos por um
único servidor da Previdência Social, mediante esquema montado para frustrar o
fluxo de distribuição automática nos sistemas previdenciários.
Segundo as investigações, as fraudes
eram efetivadas na agência da Previdência Social Catolé, em Campina Grande, e
foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.
O montante de prejuízo estimado foi
calculado sobre os valores efetivamente pagos dos 2.049 benefícios identificados,
que totalizam quase “13 milhões de reais”.
Inicialmente, os crimes identificados
são os de estelionato qualificado e inserção de dados falsos em sistema de
informações, cujas penas somadas podem chegar a mais de 18 anos de reclusão e
multa.
Com os resultados das buscas, outros
crimes ou envolvidos podem ser identificados.
A operação, denominada “Natividade”, foi
realizada entre a Polícia Federal em conjunto com o Núcleo de Inteligência
Previdenciária do Ministério da Previdência Social.
(Do g1 PB)
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