Uma ação de policiais civis e militares da 21ªÁrea Integrada de Segurança Pública prendeu um dos suspeitos do latrocínio ocorrido na noite da quinta-feira (19/10) no sítio “Mulatinha”, em Esperança, no Agreste.
O preso trata-se de João Fernandes da
Cruz Neto, o “João da Okaida”, de 41 anos de idade.
A prisão dele ocorreu no Bairro Nova
Mangabeira, na tarde da sexta (20) em João Pessoa.
Ele estava portando uma pistola roubada.
A vítima do latrocínio foi o jovem comerciante
José Emerson Alves Dias, de 25 anos.
“João da Okaida” é acusado ainda do
roubo de sete armas de fogo especiais que pertencem a um colecionador (Cacs) da
cidade de Arara, no Curimataú, uma semana atrás.
Conforme o delegado Diógenes Fernandes,
que comandou a equipe de policiais na ação em João Pessoa, o preso confessou o
roubo das armas, mas negou envolvimento no latrocínio em Esperança.
No entanto, de acordo com o delegado, “há
indícios suficientes” do envolvimento dele no crime em Esperança.
“Ele foi reconhecido pela esposa da vítima (José
Emerson). Ele está baleado no braço, justamente (que o próprio comparsa dele
baleou na hora lá – do crime)”.
Diógenes Fernandes acrescentou um
detalhe importante, em contato como www.renatodiniz.com, “tecnologicamente
ele estava sendo monitorado e a gente sabe que ele (na noite do crime) estava
lá na cidade de Esperança”.
Quando foi preso João estava na companhia de um comparsa (que também foi preso).
Este segundo homem não tem relação com o crime ocorrido em Esperança.
O
CRIME DE LATROCÍNIO EM ESPERANÇAO latrocínio ocorreu na noite da
quinta-feira (19/10) na zona rural de Esperança, no Agreste.
José Emerson Alves Dias, de 25 anos de
idade, comerciante, foi assassinado a tiros por dois bandidos.
Emerson estava acompanhado da mulher.
Tudo teve início num sequestro
relâmpago.
A mãe do rapaz, a dona de casa Hilda
Helena, contou como foi o crime, baseado no que informou a nora dela, que
estava no momento.
O casal foi abordado pela dupla quando
saía da casa de um amigo na zona rural.
Emerson e a mulher foram rendidos por
dois encapuzados.
Um assumiu a direção do carro e outro ficou
responsável pelas vítimas.
Os ladrões usaram enforca gatos para
amarrar as mãos das vítimas.
A mulher ficou no banco de trás, e
Emerson no da frente.
Os assaltantes estavam atrás de “80 mil
reais” e insistiam incessantemente por este valor.
Emerson disse que não tinha essa
quantia, mas os ladrões insistiam.
“Você tem! Bota esse dinheiro pra fora”,
afirmou um dos ladrões.
Emerson respondeu: “eu não tenho esse dinheiro, pois
comprei umas motos. O que eu tenho no pix é ‘8 mil reais’”.
A mulher tentou passar o pix, mas
nervosa não conseguiu.
O ladrão então disse: “eu
não quero. Eu não sou bandido fraco pra precisar desse dinheiro. Eu quero de ’50
a 80 mil reais’”.
Segundo a narrativa da mãe, ao chegar
nas imediações de Lagoa do Mato (Distrito de Remígio, mas já na divisa com
Esperança), Emerson tentou pular do carro.
“Eu não ia te matar não, mas ‘tu reagiu’”,
falou um assaltante.
Em seguida o bandido atirou no peito do
rapaz.
Outro disparo acertou o braço do
comparsa.
NÃO
HOUVE LUTA CORPORAL...
Ao contrário do que foi divulgado
inicialmente, não houve luta corporal entre a vítima e um dos latrocidas.
Conforme a mulher de Emerson, assim que
o casal foi abordado num sítio, os ladrões foram logo amarrando com enforca
gatos.
“Emerson estava calado, não abria a boca”.
FUGA
DOS ASSASSINOS...
Após balear o rapaz, os bandidos fugiram
a pé, mas deixaram a mulher da vítima com uma sacola “na cabeça”.
Conta dona Hilda Helena que a nora
entrou no carro, colocou o marido no colo para reanimá-lo, mas ele estava sem
vida.
Mesmo assim o rapaz ainda recebeu
atendimento médico.
CRIME
ARQUITETADO...
Pelas circunstâncias do ocorrido, a
Polícia Civil “trabalha” com a hipótese de que o assalto foi arquitetado e não
contou apenas com os dois executores.
Os ladrões queriam o valor que
supostamente a vítima tinha e insistiam nessa quantia.
Emerson comprou três motocicletas para revendê-las.
Ele morava no Distrito São Miguel, em
Esperança.
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