(Marcos de Andrade, Daniel Sonnewend, Diego Rauf e Perseu Ribeiro) |
Três médicos foram mortos a tiros, e um foi internado baleado, em um ataque na madrugada desta quinta-feira (05/10) na Barra da Tijuca.
A perícia colheu 33 estojos (sobras de
projéteis) de pistola calibre 9 mm de cano curto no local do crime, um
quiosque.
Até a última atualização desta
reportagem, não se sabia por que os ortopedistas foram mortos.
HOUVE
MOTIVAÇÃO POLÍTICA?
Diego Ralf Bomfim, 35 anos, um dos 3
mortos, era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do
também deputado federal psolista Glauber Braga (RJ).
As autoridades pontuaram que ainda é
cedo para afirmar se foi um crime político.
Diego era especialista em Reconstrução
Óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da USP. Morreu no Hospital Lourenço Jorge.
QUEM
SÃO OS OUTROS 2 MORTOS?
Marcos de Andrade Corsato, 62 anos.
Médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP);
Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos:
Especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Fez aniversário na terça (03).
QUEM
É O SOBREVIVENTE?
Daniel Sonnewend Proença, 32 anos:
Formado pela Faculdade de Medicina de Marília em 2016, é especialista em
cirurgia ortopédica.
Foi levado com vida para um hospital com
pelo menos 3 tiros e seria transferido para uma unidade particular.
O estado dele era estável na manhã desta
quinta.
ONDE
FOI O ATAQUE?
O crime foi no Quiosque do Naná, na
Avenida Lúcio Costa, na Praia da Barra da Tijuca, entre os postos 3 e 4, em
frente ao Hotel Windsor.
O
QUE AS IMAGENS MOSTRAM?
A câmera de segurança do Quiosque do
Naná marcava 00:59:20.
Um carro
branco para sobre a faixa de pedestres em frente ao estabelecimento.
00:59:22: Três homens
começam a descer do veículo: o carona e dois do banco de trás, cada um por um
lado.
Os médicos aparentemente não percebem os criminosos se aproximando.
00:59:26: Somente quando
dois deles chegam bem perto da mesa onde os médicos estavam, começam os
disparos.
00:59:27: Perseu, na
cabeceira da mesa, tomba para trás, já possivelmente morto.
Diego também cai.
Marcos morre sentado na cadeira.
00:59:30: Os três
atiradores recuam, embora ainda atirando; é possível ver Daniel tentando
escapar agachado.
00:59:34: Dois dos
criminosos voltam ao carro.
O terceiro se aproxima de Daniel e faz mais
disparos.
00:59:37: Um dos
bandidos que já estavam no veículo retorna ao quiosque e vai até os fundos do
estabelecimento, onde volta a atirar.
00:59:39: O outro
criminoso no carro também volta e parece ver se Marcos está mesmo morto.
O que
perseguia Daniel fica atrás do veículo.
00:59:43: Os dois que
tinham retornado ao bar correm para o veículo.
00:59:47: O trio
embarca, e o automóvel dá a partida.
00:59:55: O carro
desaparece do alcance da câmera.
Alguém viu o crime?
Sim, havia mais clientes na hora. Uma
delas relatou:
“Não teve conversa, não teve voz de assalto.
Simplesmente chegaram e atiraram. E foi muito, muito rápido. Em questão de 30
segundos já tinha acontecido tudo. Então, a gente percebeu que não foi um
assalto exatamente. Foi simplesmente uma execução.”
ALGO
FOI LEVADO?
A polícia diz que nada foi roubado.
QUEM
ESTÁ INVESTIGANDO?
A Delegacia de Homicídios da Capital.
O ministro da Justiça e Segurança
Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal acompanhe as
investigações.
A Polícia Civil de São Paulo também
ofereceu auxílio.
(Do g1 RJ)
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