A Interpol foi acionada para o cumprimento da ordem de prisão contra mais 2 brasileiros que estão no Líbano suspeitos de envolvimento com o planejamento de atos de terrorismo no Brasil.
Os dois têm dupla nacionalidade, brasileira e libanesa.
A investigação da PF que resultou nas
ordens de prisão começou com informações de inteligência repassadas por outros
países.
Os nomes do brasileiros que estão no
Líbano com ordem de prisão decretada no Brasil já constam na lista da Interpol.
A TV
Globo apurou que eles também têm nacionalidade libanesa.
Por conta disso,
não podem ser presos no Líbano com o mandado de prisão expedido pela Justiça
brasileira.
Eles só podem ser presos caso saiam do
território libanês para outro país ou se retornarem ao Brasil.
A divisão antiterrorismo da Polícia
Federal em Brasília foi alertada para o fato de que brasileiros, vários deles
com passagem criminal, estavam sendo aliciados e contratados por comandantes do
Hezbollah no Líbano, para promover ataques aqui no Brasil.
As investigações descobriram que alguns
destes brasileiros fizeram viagens recentes a Beirute para encontros com o
Hezbollah, e definiram valores pela colaboração em atos terroristas, lista de
endereços a serem atacados e, ainda, o recrutamento de executores.
Um dos brasileiros foi preso na noite de
terça (07/11) desembarcando no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
Outro
foi preso nesta quarta (08) quando chegava de Santa Catarina.
As ordens são de prisão temporária por
30 dias.
Um delegado de Brasília envolvido nas
apurações está a caminho de São Paulo para ouvir os presos.
Ainda não está definido se eles ficarão
em São Paulo ou serão transferidos para Brasília.
Nas operações de hoje, que também teve
mandados cumpridos no Distrito Federal e em Minas gerais, foram apreendidos
celulares, computadores, agendas e anotações.
As investigações apontam também que os
alvos no Brasil envolvidos com o Hezbollah já estavam recrutando mais
brasileiros para finalizar planos de atentados terroristas.
(Por Por César Tralli, TV Globo e
GloboNews/g1)
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