Israel e Hamas fecharam um acordo para libertar 50 reféns em troca de uma pausa no combate, na quarta-feira (22/11), pelo horário local - noite de terça-feira (21), no Brasil.
As informações foram divulgadas pelo
gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A imprensa israelense disse que os
primeiros reféns devem ser libertados na quinta-feira (23).
De acordo com o governo, mulheres e
crianças sob o poder do Hamas serão liberadas dentro de um intervalo de quatro
dias.
Durante este período, o conflito estará em pausa.
O gabinete do primeiro-ministro afirmou
ainda que a pausa no conflito poderá sofrer prorrogações de um dia para cada 10
reféns liberados.
As negociações vinham sendo feitas desde
o início da guerra e de forma secreta.
Também nesta terça, fontes dos Estados
Unidos confirmaram a existência de conversas, reveladas na semana passada por
uma reportagem do jornal "The Washington Post".
Netanyahu convocou membros do governo
para discutirem o acordo nesta terça-feira.
As conversas avançaram durante a
madrugada de quarta-feira, pelo horário local.
Antes da reunião, o primeiro-ministro de
Israel assegurou a autoridades de segurança e do alto escalão do governo que a
ofensiva ao Hamas irá ser retomada após a libertação dos reféns.
“Estamos em guerra e continuaremos a guerra”,
disse Netanyahu.
“Continuaremos até atingirmos todos os nossos
objetivos.”
Cerca de 240 pessoas foram sequestradas
pelo Hamas em outubro, quando a guerra começou.
De acordo com o governo dos EUA, o grupo
terrorista afirma que o cessar-fogo é necessário até mesmo para que se possa
escolher quais serão os libertados.
Autoridades norte-americanas confirmaram
que as discussões para o acordo também envolviam a liberação de 150 palestinos
mantidos como prisioneiros por Israel.
Essa informação também está em um
comunicado publicado pelo Hamas, que disse que os prisioneiros são mulheres e
crianças.
A pausa no conflito também permitirá a
entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Com isso, caminhões com auxílio médico e
combustível devem chegar a todas as regiões do enclave.
O Hamas disse que acordo prevê ainda que
o tráfego aéreo no sul de Gaza seja completamente suspenso enquanto durar o
cessar-fogo.
Já na região norte, nenhuma aeronave
poderá sobrevoar o território das 10h às 16h.
Os reféns que estão sob poder do Hamas
foram sequestrados no dia 7 de outubro, dentro do território isralense.
Naquele dia, terroristas armados
invadiram Israel e mataram centenas de pessoas.
Boa parte dos sequestrados viviam em
fazendas coletivas, conhecidas como "kibutz".
Além disso, o Hamas também fez como
reféns pessoas que estavam em um festival de música ao ar livre.
Além de israelenses, entre os
sequestrados estão pessoas com cidadanias de diversos países, como Estados
Unidos, Reino Unido e Alemanha.
Segundo o governo de Israel, cerca de 40
reféns são crianças.
Desde o início do conflito, somente
quatro pessoas que foram sequestradas foram liberadas pelo Hamas.
As primeiras foram uma mãe e uma filha
norte-americanas.
Depois, duas mulheres israelenses também
puderam retornar para casa.
Além disso, o exército de Israel
conseguiu libertar um soldado feito como refém em Gaza no fim de outubro,
quando as tropas entraram no enclave.
Outros dois reféns foram encontrados
mortos.
O Hamas disse que está mantendo os
reféns em túneis e locais seguros.
(Por g1)
Foto: EFE/EPA/Abir Sultan
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.