O Ministério Público da Paraíba recomendou que o inquérito que apura o desaparecimento da menina Ana Sophia seja devolvido para a polícia e que esta faça mais diligências sobre o caso.
Enviado recentemente para a Justiça, o inquérito policial não mostra
materialidade do crime (se realmente aconteceu), não tem nenhum indiciado, não
há relato da existência de cadáver e basicamente nenhuma prova material contra
ninguém.
Mesmo assim, durante entrevista coletiva
para esclarecer os fatos, a Polícia Civil afirmou ter certeza que a menina foi
morta e que houve ocultação de seu corpo.
Ana Sophia desapareceu no dia 4 de julho
deste ano, no distrito de Roma, em Bananeiras (PB) após ir até a casa de uma
amiguinha da escola e em seguida ter retomado, a pé, supostamente o caminho de
casa, só que nunca chegou ao destino.
Pela investigação policial a última vez
que a menina foi vista estava entrando na casa de Thiago Fontes, marido da vice-diretora
da escola onde ela estudava.
A imagem da câmera de segurança é de
péssima qualidade e até mesmo essa informação de ser Ana Sophia entrando na
casa não é tida como certeza.
Outro fato que joga dúvida no inquérito
é que momentos depois do vulto entrar na casa, há o registro de sua saída,
também sem se saber ao certo de quem se trata.
Para a polícia, Ana Sophia entrou na
casa de Thiago e nunca mais saiu ou foi vista viva ou morta.
Com isso, ele figura como único suspeito
pelo sumiço da menina e a polícia afirma ter certeza que ele a matou e ocultou
o corpo, que nunca foi encontrado.
Thiago sempre negou o crime, e ao ser
ouvido na delegacia disse que nem sequer viu Ana Sophia na sua residência.
A mulher dele e uma babá disseram a
mesma coisa.
Mesmo a polícia dizendo ter certeza da
materialidade do crime e da autoria, Thiago nunca foi preso nem indiciado.
No dia 11 de setembro, quando ele iria
ser ouvido mais uma vez sobre o caso e a polícia havia pedido sua prisão
temporária, ele desapareceu.
Thiago só foi achado um mês depois,
morto e com o corpo pendurado numa árvore numa área de mata, também em
Bananeiras.
A perícia confirmou que ele se suicidou
por enforcamento.
Como Thiago supostamente era o único que
poderia dar informações sobre o caso ou até mesmo esclarecer o sumiço de Ana
Sophia, com sua morte o mistério só aumentou.
No dia 4 de janeiro de 2024 completa
seis meses do desaparecimento da menina.
Diversas buscas já foram feitas na
região com homens e cães farejadores, inclusive com o uso de helicóptero, mas
nenhuma pista foi encontrada de que a menina esteja viva ou morta.
Alguns pedaços de ossos foram achados e
examinados, mas todos eram de origem animal.
Com a orientação do Ministério Público
para que haja novas diligências sobre o caso, resta saber agora como a polícia
vai tratar o assunto.
(Por Apolinário Pimentel – Rede de
Notícias – www.rededenoticias.com)
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