A enfermeira Géssica Melo de Oliveira,
de 32 anos, morreu após ser baleada por policiais militares em uma perseguição
de carro.
O caso aconteceu no sábado (02/12)
em Senador Guiomard, no interior do Acre.
Segundo o Estado, a mulher furou um
bloqueio e estava armada.
A família refuta a versão.
Na tarde deste domingo (03) o governo do
Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp),
publicou uma nota pública sobre o acontecimento - assinada por José Américo
Gaia, responsável pela pasta.
Segundo os registros da ocorrência,
policiais militares do efetivo de Capixaba solicitaram apoio do Grupo Especial
de Fronteiras (Gefron) para que auxiliassem na abordagem de um veículo que
desobedeceu a ordem de parada.
Géssica, que dirigia o veículo, fazia
“manobras perigosas”, aponta a polícia.
A mulher seguiu em alta velocidade e
desobedeceu mais uma ordem de parada.
Na nota, é afirmado que os policiais
continuaram acompanhando o veículo até que “foi possível visualizar parte de um braço empunhando uma arma de fogo”.
Neste momento, “diante do risco iminente à integridade física da equipe policial”,
cinco disparos foram efetuados em direção ao veículo.
A condutora perdeu o controle do
veículo, saiu da pista de rolamento e colidiu em uma cerca de arame.
Os agentes então foram até o carro e a
identificaram como Géssica Melo de Oliveira.
Ainda de acordo com a nota, ao perceber
que a mulher estava ferida, os policiais acionaram o serviço de emergência,
isolaram o local e prestaram o socorro, conduzindo-a ao Hospital-Geral de
Senador Guiomard.
Depois tiveram conhecimento de sua
morte.
A perícia também foi acionada e,
nas intermediações onde o carro parou, agentes coletaram uma pistola
9mm municiada e engatilhada.
A Polícia Militar instaurou um inquérito
por meio da corregedoria para apurar o caso.
Em entrevista ao G1 Acre, familiares e
amigos de Géssica contestaram a versão da polícia.
Segundo eles, a mulher não andava armada
e sofria de depressão.
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