Já está em "liberdade" o empresário Roberto Correia Vicente que na noite de 30 de maio de 2019 assassinou o radialista Joacir Rocha de Oliveira Filho, então com 35 anos.
Foi um tiro à queima-roupa, dentro de um
restaurante no Centro de Campina Grande,
Roberto Correia confessou o assassinato.
Policiais civis o prenderam por volta
das 11h00 do dia seguinte.
Ele foi à júri no dia 29 de junho de
2022 e na madrugada do dia 30 o empresário foi condenado a 19 anos de prisão em
julgamento no 1ºTribunal do Júri no Fórum Affonso Campos.
Entre a prisão dele, ocorrida em 2019 e
a soltura, ocorrida neste final de semana, o autor cumpriu 4 anos e sete meses
de cadeia.
E entre o julgamento, ocorrido em junho
de 2022 até este final de semana, foi um ano e seis meses de pena
Quer dizer: menos de cinco anos de
prisão.
O
CRIME...
A motivação foi fútil.
O acusado bebia em um local do
restaurante, se aproximou do radialista e ali iniciaram conversas.
Teve até um abraço.
Depois o acusado pagou a conta dele e da
vítima.
Em seguida se dirigiu à Joacir e sem
motivo algum atirou no peito dele.
Foi um tiro de pistola “6.35”.
A vítima era filho do jornalista Joacir
Oliveira (já falecido) e irmãos dos radialistas Cleber Oliveira, Caju Oliveira
e Cesar Ricardo.
A notícia da soltura do autor do crime foi
extremamente condenada nas redes sociais.
É como se o autor tivesse cometido um crime
de menor porte, quase uma absolvição, uma repercussão bastante negativa.
A família de Joacir Filho emitiu nota:
“Recebemos
com respeito, mas profunda tristeza e descontentamento, a notícia da progressão
de pena para o semiaberto do assassino de Joacir Filho.
Hoje,
revivemos a dor sentida naquela noite, quando nos foi tirado um pedaço amado e
importantíssimo.
Não
cabe a nós questionarmos a decisão judicial, apenas respeitá-la e expressarmos
nossa dor por vermos que Joacir não voltará ao nosso convívio e apenas quatro
anos de regime fechado são vistos como suficiente por tão cruel ato.
Embora
ainda haja dúvida sobre o condenado ter condições de retornará sociedade sem
apresentá-la perigo, tendo em vista que não foi realizado exame
psicológico/psiquiátrico do judiciário para este fim, nosso receio e temor por
novas vítimas só nos deixa ainda mais alerta e tristes com tal realidade.
Na
decisão, é explicado que ele não poderá frequentar bares, casas de shows e
eventos, ingerir drogas ou bebidas alcoólicas, além de se recolher durante as
noites. Torcemos pelo cumprimento de todos esses pontos e a monitorização
eletrônica.
A
confiança em Deus nos é soberana, na justiça divina, nos bons pensamentos e
ações que continuaremos por ter, no papel de vítimas e vivendo a eterna saudade
de quem nos foi tirado forçosamente
Agradecemos
as tantas mensagens de apoio, orações, preocupação da sociedade que sentiu e
partilhou dessa nossa terrível dor.
Deus
está conosco, Ele é fiel e justo.
Família
Oliveira e amigos.”
Já o advogado de Roberto Correia enviou
nota aos meios de comunicação.
O advogado Adelk Dantas Souza esclareceu
Roberto foi levado a júri popular no ano de 2022 e condenado, inicialmente, a
19 anos de reclusão e após a interposição de recurso de apelação em 2° grau,
tendo sido reconhecida e provida a tese defensiva, Roberto teve sua pena
reduzida para 15 anos.
Esclareceu ainda que durante todo o
tempo em que esteve recluso, Roberto manteve um excelente comportamento penal,
trabalhou e estudou dentro da unidade penitenciária, tendo, inclusive,
concluído um curso superior.
“Dessa
forma, sendo primário e já tendo cumprido 40% da sua pena, inclusive por meio
da remição pelo trabalho e pelos estudos ele conquistou o direito da progressão
de regime, conforme assegura a Lei de Execução Penal nº 13.964/19, em seu art.
112.
Agora
sob o regime semiaberto, permanece cumprindo fielmente sua pena, bem como todas
as determinações judiciais necessárias”.
(Por www.renatodiniz.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.