A General Motors (GM) anunciou nesta
quarta-feira (24/01) um investimento de “7 bilhões de reais” no Brasil até
2028.
Segundo a montadora, os investimentos
começam a partir deste ano.
O anúncio acontece pouco mais de um mês
após o desligamento de mais de mil funcionários da empresa no estado de São
Paulo.
A montadora destacou que o investimento
tem foco em mobilidade sustentável, abrange a renovação completa do portfólio
de veículos e o desenvolvimento de tecnologias para o mercado local, além de
criação de novos negócios.
O anúncio foi feito na manhã desta
quarta, em Brasília (DF), em encontro do presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), e do vice Geraldo Alckmin (PSB), com Shilpan Amin e
Santiago Chamorro, presidentes internacional e da América do Sul da GM,
respectivamente.
Além dos investimentos com foco na
mobilidade sustentável, a GM afirmou que as fábricas da empresa no país
receberão ‘evoluções que as tornarão mais
modernas, ágeis e sustentáveis’.
“A
companhia segue com sua visão de futuro, de um mundo com zero acidente, zero
emissão e zero congestionamento. Esta estratégia engloba recursos avançados de
segurança veicular e de produtos cada vez mais eficientes do ponto de vista
energético e ambiental”, diz a companhia em nota.
O novo ciclo de investimento é 30% menor
que os “10 bilhões de reais” do anterior, anunciado em 2019.
O aporte foi interrompido em 2020,
quando a pandemia de Covid-19 começou, e retomado no ano seguinte, segundo a
própria empresa.
No Brasil, a GM possui cinco fábricas,
sendo três delas no Estado de SP – nas cidades de São José dos Campos, São
Caetano do Sul e Mogi das Cruzes –, uma no Rio Grande do Sul, em Gravataí, e
outra em Santa Catarina, na cidade de Joinville.
INVESTIMENTO
UM MÊS APÓS DEMISSÕES
O investimento anunciado pela GM
acontece pouco mais de um mês após cerca de 1,1 mil funcionários aderirem a um
Plano de Demissão Voluntário aberto pela empresa.
Aprovado pelos trabalhadores, o PDV foi
aberto depois da Justiça do Trabalho determinar o cancelamento de 1,2 mil
demissões que a GM havia feito nas três unidades.
"É uma grande contradição porque a
gente viu, há alguns dias, a GM demitindo 1.200 [funcionários] no Estado de São
Paulo e toda a luta que teve do Sindicato para o cancelamento das demissões. A
gente já colocava, naquela época, a nossa posição de que a montadora, mesmo
anunciando que teve queda na venda de veículos, que teria total condição de
manter todos os postos de trabalho, ao contrário do que ela falava, de toda a
queda que ela tinha", afirmou Weller Gonçalves, presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos
O sindicalista afirmou que pretende
convocar uma reunião com a empresa para que sejam detalhados os investimentos.
"A gente já tem um acordo de
investimentos que foi feito em 2019, que a empresa tem que cumprir, e se for
ter algum novo investimento, é claro que o Sindicato vai brigar e batalhar para
que os investimentos venham para São José dos Campos", completou.
(Por g1)
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