Um advogado e o dono de um trailer foram
presos por crime de “injuria racial” e agressão contra uma mulher trans, de 33
anos, conforme a Polícia Civil.
O caso ocorreu nesta terça (13/02) às
margens do Açude Velho.
A delegada seccional Nercília Dantas esclareceu
em entrevista que “a mulher trans estava num quiosque e, segundo a narrativa dela, ela foi
agredida gratuitamente por duas pessoas ‘que se incomodaram pelo fato de ela
estar ali’. E se juntaram várias pessoas e a agrediram, contudo quando a Polícia
Militar chegou ao local a maioria dessas pessoas tinha se evadido e ficaram
duas pessoas que foram identificadas por ela como os iniciadores das agressões
e quem provocou toda aquela situação. Os dois cidadãos foram presos e estão
recolhidos aqui na Central de Polícia”.
Nercília prossegue informando que no Boletim
de Ocorrência “um dos presos alega que foi agredido por ela também (pela vítima),
contudo o Exame de Lesão Corporal não constatou nenhuma agressão em nenhum
deles e nela, realmente foi constada agressões (ferimentos contundentes
constando que realmente foi agredida)”.
A delegada informou também que o crime
de Injúria Racial não cabe fiança na polícia e o juiz é quem vai analisar se
concede liberdade por fiança ou liberdade provisória (dependendo do
entendimento do judiciário).
Nercília prosseguiu afirmando que, com
base no Boletim, são duas versões: um dos acusados afirma que a vítima ‘paquerou’
com um deles e insistiu apesar dele ‘não querer nada com ela’;
Na versão dela nada disso aconteceu.
“A vítima disse que se dirigiu ao quiosque
pra comprar uma cerveja e o fato de ela estar ali, a presença dela, incomodou
esse cidadão e iniciou-se uma série de agressões e se juntaram outras pessoas
que ainda não foram identificadas e que o dono do estabelecimento entro na
defesa do advogado”.
Os dois presos se recusaram a assinar o
Boletim de Ocorrência.
(Por www.renatodiniz.com)
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