quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

REVIRAVOLTA: ACUSADOS DA MORTE DE VIGILANTE EM ESCOLA SÃO ABSOLVIDOS

A Justiça absolveu Sérgio José de Oliveira, o “Serginho”, e Thiago da Silva Diniz, o “vampirinho”, da morte do vigilante Gustavo Ramos Salustiano ocorrida no final da tarde de 22 de março do ano passado na Escola Estadual Assis Chateaubriand no Bairro Santo Antônio, em Campina Grande.
Conforme a Justiça, as provas foram insuficientes.
Os advogados Thiago Araújo, Lucas Victor e Rilávia Sonale defenderam os dois.

O crime foi de latrocínio.
A arma do vigilante foi roubada.
Gustavo foi morto com um tiro de revólver na cabeça.
A decisão saiu no Diário Oficial do Tribunal de Justiça neste final de semana.
Serginho permanece preso por causa da acusação de outro homicídio (havia um Mandado de Prisão).
E Tiago vampirinho por causa de roubo.
(Advogados Thiago Araújo, Rilávia Sonele e Lucas Victor)
Nesta manhã de quarta (07/02) os advogados concederam entrevista a Patrulha da Cidade/TV Borborema SBT.
O QUE DISSE O ADVOGADO THIAGO ARAÚJO DA SILVA QUE FEZ A DEFESA DE TIAGO DINIZ “VAMPIRINHO” ...
Desde o primeiro momento a defesa de Tiago Diniz sempre acreditou na sua inocência.
Fato é que a defesa procurou a todo momento provas robustas para provar a sua inocência.
O Tiago foi absolvido com louvor.
Houve um erro (que também prejudica outras pessoas que estão encarceradas) por reconhecimento fotográfico.
A sentença já foi publicada (está disponível no site do TJ da Paraíba) e o Ministério Público também requereu a sua absolvição.
A defesa também analisará futuras ações de reparação a esse caso”.
O advogado falou que ainda defende “vampirinho” noutro caso.
Ele foi preso em flagrante pela PM no dia 06 de maio do ano passado por roubo de carro, um posto de gasolina em Puxinanã e arrastão em São José da Mata.
Ele permanece preso por outra ação penal e a defesa está buscando provar mais uma vez que ele é inocente”.
O QUE DISSERAM OS ADVOGADOS LUCAS VICTOR E RILÁVIA SONALE QUE DEFENDERAM SÉRGIO JOSÉ DE OLIVEIRA, O “SERGINHO” ...
Tem uma filósofa que diz: ‘a memória é irmã da verdade, mas não é sua irmã gêmea’.
O que houve no caso dele foi um equívoco grave.
Alegaram que ele teria uma tatuagem no braço, quando de fato, na verdade, ele tem uma tatuagem no peito.
Em nenhum momento, nenhum assaltante, nenhuma pessoa que participou daquela situação tirou a blusa.
Então era impossível ver qualquer forma de tatuagem nele, mas devido à pressão, a repercussão, a imagem, o estigma colocado, foi feito um reconhecimento fora da norma processual-penal e ele foi, em tese, naquele primeiro momento na Delegacia apontado como autor.
No decorrer da instrução processual nós conseguimos uma prova irrefutável que ele estava em outro local.
Ele estava em seu ambiente de trabalho cercado de pessoas que o viram e ao apresentar essa prova o Ministério Público reconheceu tanto que houve uma falha no reconhecimento (de Serginho), quanto um equívoco em alegar que ele era o autor do disparo”, afirmou Lucas Victor.
O advogado acrescentou:
Essa acusação é muito bárbara, muito pesada. E vamos terminar de fechar esse processo e arrematar os últimos detalhes, vamos sentar com a família, vamos perguntar o que eles querem da justiça (se vão exigir alguma reparação do Estado ou não.
O entendimento principal do STJ define que uma pessoa absolvida por comprovada falta de materialidade, ou prova cabal de sua não autoria, ou não participação no crime, tem direito sim de solicitar uma indenização do Estado.
Nós só precisamos ver os últimos detalhes com a família e saber também se há um interesse porque queira ou não, foi um caso de repercussão.
As vezes a pessoa mexer numa ferida tão exposta gera tanto dano psicológico que não vale a pena você buscar uma reparação financeira.”
“Serginho” continua preso porque ele é acusado da morte de Ismaciel Kelvin da Silva, 21 anos, ocorrido 27 de novembro de 2022 no Bairro José Pinheiro.
Kelvin foi morto pelas costas.
O crime aconteceu à noite na Rua Silva Jardim, em frente à Praça Joana D’arc.
Kelvin ainda correu, caiu mais adiante onde foi alvejado com outros três disparos também nas costas.
Há também uma acusação de roubo majorado.
Sobre este caso, a advogada Rilávia Sonale explicou que “com relação a esses outros processos, eles ainda estão em trâmite.
Então por hora a defesa não vai se pronunciar porque ainda estão na fase de finalização.
(Por www.renatodiniz.com)

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