A Justiça absolveu Sérgio José de
Oliveira, o “Serginho”, e Thiago da Silva Diniz, o “vampirinho”, da morte do
vigilante Gustavo Ramos Salustiano ocorrida no final da tarde de 22 de março do
ano passado na Escola Estadual Assis Chateaubriand no Bairro Santo Antônio, em
Campina Grande.
Conforme a Justiça, as provas foram
insuficientes.
Os advogados Thiago Araújo, Lucas Victor
e Rilávia Sonale defenderam os dois.
O crime foi de latrocínio.
A arma do vigilante foi roubada.
Gustavo foi morto com um tiro de
revólver na cabeça.
A decisão saiu no Diário Oficial do Tribunal
de Justiça neste final de semana.
Serginho permanece preso por causa da
acusação de outro homicídio (havia um Mandado de Prisão).
E Tiago vampirinho por causa de roubo.
(Advogados Thiago Araújo, Rilávia Sonele e Lucas Victor) |
Nesta manhã de quarta (07/02) os advogados
concederam entrevista a Patrulha da Cidade/TV Borborema SBT.
O
QUE DISSE O ADVOGADO THIAGO ARAÚJO DA SILVA QUE FEZ A DEFESA DE TIAGO DINIZ
“VAMPIRINHO” ...
“Desde o primeiro momento a defesa de Tiago
Diniz sempre acreditou na sua inocência.
Fato é que a defesa procurou a todo
momento provas robustas para provar a sua inocência.
O Tiago foi absolvido com louvor.
Houve um erro (que também prejudica
outras pessoas que estão encarceradas) por reconhecimento fotográfico.
A sentença já foi publicada (está
disponível no site do TJ da Paraíba) e o Ministério Público também requereu a
sua absolvição.
A defesa também analisará futuras ações
de reparação a esse caso”.
O advogado falou que ainda defende “vampirinho”
noutro caso.
Ele foi preso em flagrante pela PM no
dia 06 de maio do ano passado por roubo de carro, um posto de gasolina em
Puxinanã e arrastão em São José da Mata.
“Ele permanece preso por outra ação penal e a
defesa está buscando provar mais uma vez que ele é inocente”.
O
QUE DISSERAM OS ADVOGADOS LUCAS VICTOR E RILÁVIA SONALE QUE DEFENDERAM SÉRGIO
JOSÉ DE OLIVEIRA, O “SERGINHO” ...
“Tem uma filósofa que diz: ‘a memória é irmã
da verdade, mas não é sua irmã gêmea’.
O que houve no caso dele foi um equívoco
grave.
Alegaram que ele teria uma tatuagem no
braço, quando de fato, na verdade, ele tem uma tatuagem no peito.
Em nenhum momento, nenhum assaltante,
nenhuma pessoa que participou daquela situação tirou a blusa.
Então era impossível ver qualquer forma
de tatuagem nele, mas devido à pressão, a repercussão, a imagem, o estigma
colocado, foi feito um reconhecimento fora da norma processual-penal e ele foi,
em tese, naquele primeiro momento na Delegacia apontado como autor.
No decorrer da instrução processual nós
conseguimos uma prova irrefutável que ele estava em outro local.
Ele estava em seu ambiente de trabalho cercado
de pessoas que o viram e ao apresentar essa prova o Ministério Público reconheceu
tanto que houve uma falha no reconhecimento (de Serginho), quanto um equívoco em
alegar que ele era o autor do disparo”, afirmou Lucas Victor.
O advogado acrescentou:
“Essa
acusação é muito bárbara, muito pesada. E vamos terminar de fechar esse
processo e arrematar os últimos detalhes, vamos sentar com a família, vamos
perguntar o que eles querem da justiça (se vão exigir alguma reparação do Estado
ou não.
O entendimento principal do STJ define
que uma pessoa absolvida por comprovada falta de materialidade, ou prova cabal
de sua não autoria, ou não participação no crime, tem direito sim de solicitar
uma indenização do Estado.
Nós só precisamos ver os últimos detalhes
com a família e saber também se há um interesse porque queira ou não, foi um
caso de repercussão.
As vezes a pessoa mexer numa ferida tão
exposta gera tanto dano psicológico que não vale a pena você buscar uma
reparação financeira.”
“Serginho” continua preso porque ele é
acusado da morte de Ismaciel Kelvin da Silva, 21 anos, ocorrido 27 de novembro de
2022 no Bairro José Pinheiro.
Kelvin foi morto pelas costas.
O crime aconteceu à noite na Rua Silva
Jardim, em frente à Praça Joana D’arc.
Kelvin ainda correu, caiu mais adiante onde
foi alvejado com outros três disparos também nas costas.
Há também uma acusação de roubo
majorado.
Sobre este caso, a advogada Rilávia
Sonale explicou que “com relação a esses outros processos, eles
ainda estão em trâmite.
Então por hora a defesa não vai se
pronunciar porque ainda estão na fase de finalização.”
(Por www.renatodiniz.com)
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