Um plano de ação para orientar a fiscalização do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) foi aprovado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
A medida – publicada no Diário Oficial
da União desta segunda-feira (18/03) – prevê oito ações a serem implementadas e
a criação de dois grupos técnicos.
Estão
previstas medidas para a construção de um plano de comunicação da rede de
fiscalização;
A implantação
de uma unidade de pesquisa, estratégia e gestão de risco;
Elaboração
de uma proposta para melhoria da base de dados; Avaliação dos termos de adesão
aos programas sociais;
Criação
de um cronograma de auditorias;
Tratamento
e a comunicação aos órgãos de controle dos casos de irregularidade
identificados;
Criação
de um fluxo de denúncias;
E
o estabelecimento de uma comunicação externa para informar outras instâncias
governamentais, órgãos de fiscalização e iniciativas de controle social.
De acordo com o documento, as medidas
serão implementadas ainda em 2024, mas o plano deverá funcionar como “um instrumento de planejamento e
aprimoramento contínuo”, com o objetivo de melhorar a qualidade das
informações e da fiscalização, além de prevenir fraudes nos programas sociais.
Rede federal
O novo instrumento é resultado do
trabalho da Rede Federal de Fiscalização do Programa Bolsa Família e do
CadÚnico, criada em junho de 2023 (Lei 14.601/23), que tem como membros
integrantes do MDS, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos,
da Secretaria-Geral da Presidência da República, da Controladoria-Geral da
União e da Advocacia-Geral da União.
De acordo com o governo, a revisão foi
necessária após o Tribunal de Contas da União apontar “divergências de renda e de composição familiar, além de falta de
atualização e inconsistência de dados”, depois de análise da política de
transferência de renda federal praticada na gestão anterior.
DISTORÇÕES
O CadÚnico também passou por
reestruturação após um acordo judicial, resultante de uma ação movida pela
Defensoria Pública da União, em 2020, que questionou a desestruturação do
Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e distorções no cadastro que dava
acesso a mais de 30 programas sócias do governo federal.
(Agência Brasil)
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