Policiais militares da Força Tática prenderam, neste domingo (03/03), o terceiro suspeito de envolvimento na morte do PM Anderson de Oliveira Valentim, de 46 anos, e da filha, Alycia Perroni Valentim, de 19 anos.
O crime aconteceu em frente a uma
farmácia na Zona Norte de São Paulo na madrugada deste sábado (24/02).
Anderson de Oliveira Valentin estava de
folga.
O caso aconteceu na Vila Medeiros, por
volta de 5h15.
Segundo a Secretaria da Segurança
Pública (SSP), após trabalho de inteligência do Batalhão de Ações Especiais da
PM, os agentes descobriram a localização do suspeito e informaram a um batalhão
do interior de São Paulo.
Os policiais abordaram o suspeito na
condução de uma van particular de transporte de passageiros que seguia com
destino a Mongaguá, cidade do litoral paulista.
O homem ofereceu resistência e precisou
ser contido.
Ele foi detido, passou por uma unidade
médica em Itanhaém, cidade da Baixada Santista, e depois foi levado ao Distrito
Policial do município.
De acordo com a SSP, na última
terça-feira (27/02), o primeiro suspeito, de 30 anos, foi encontrado em uma via
pública, aparentemente embriagado.
Na quarta-feira (28), um adolescente de
17 anos foi apreendido por envolvimento no crime.
Ele foi encontrado em Guarulhos, na
Grande São Paulo, após denúncia anônima, e confessou sua participação.
'ESTAMOS
NUMA BATALHA', DIZ FAMÍLIA
Flávia Perroni Valentim, mulher de
Anderson Valentim e mãe de Alycia, disse na terça-feira (27), durante o
programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, que a família espera ver os
criminosos presos o mais rápido possível.
“Nós estamos numa batalha. Ainda não
vencemos. Dependemos ainda da prisão dos três bandidos que fizeram isso com a
minha família. E nós estamos em luto, com o sentimento e o vazio que fica a
partir de agora”, afirmou.
A viúva do PM, que tem 42 anos, disse
que os dias têm sido difíceis, mas que o marido a ensinou a ser forte.
“Meu marido e minha filha traziam
espiritualidade, felicidade. Tenho que ter força de levar a verdade para as
pessoas. O Anderson, como policial militar, me ensinou a ser forte, me preparou
para esse momento, eu sabia o que eu tinha que falar, o que era importante para
a polícia ouvir”, disse Flávia.
O
CRIME
Flávia contou ao SP2 na segunda-feira
(26) que a família parou na farmácia para comprar uma medicação para a filha,
que havia passado a madrugada em um hospital com gastrite nervosa.
O atendente da farmácia abriu a porta e
a trancou após a entrada dela.
Na sequência, apareceram os três
criminosos, que forçaram a porta e não conseguiram entrar.
Do lado de fora, Anderson e a filha
estavam no carro.
O policial notou a movimentação dos
criminosos e trocou tiros com eles. O vídeo abaixo mostra como foi.
“Até pensei que eles iriam entrar na loja. O
atendente da farmácia me puxou para a parte de trás do balcão para me proteger
dos tiros", disse Flávia.
"O Anderson entrou no meu campo de
visão, já com a arma em punho, e começou os disparos. O menino me colocou
debaixo do balcão. Os disparos pegaram as portas e até achei que eles iam
entrar. Eu peguei minha bolsinha que estava em cima do balcão, puxei meu celular,
liguei para o Copom [Centro de Operações da PM] e fiz o que o Anderson sempre
me orientou, dei as características do que estava acontecendo, o local onde
estava acontecendo, o endereço, o que eu consegui ver."
A viúva afirmou que o marido agiu corretamente
ao reagir.
“O Anderson está sendo muito julgado. Ele era
preparado para aquilo. O rapaz passa, dá tchauzinho, manda ele sair fora.
Primeiro: ele não é covarde, ele nunca ia me deixar dentro da farmácia para os
caras estourarem. O pessoal está dizendo que eles iam embora, mas eles não iam,
porque tinha um carro esperando", disse.
QUEM
SÃO AS VÍTIMAS
Anderson de Oliveira Valentim era cabo
da 3ª Companhia do 7° Batalhão de Polícia Militar.
A filha dele, Alycia Perroni Valentim
era estudante de Direito.
Anderson tinha com a esposa um terreiro
de Umbanda na Zona Norte da capital.
O PM compartilhava a rotina no terreiro
pela internet e era engajado em causas sociais.
A Polícia Militar lamentou a morte de
Anderson em nota.
"A família policial militar lamenta, com profundo pesar, a perda de
nosso companheiro, após tentativa de assalto. O policial fazia parte do efetivo
da 3ª Cia do 7° BPM/M e sempre atuou com dedicação e amor à causa pública, não
medindo esforços para preservar vidas fazendo cumprir o juramento de proteger a
sociedade", diz o texto.
(Do g1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.