A Polícia Civil de São Paulo pediu a prisão preventiva de quatro pessoas ligadas à empresa paraibana Braiscompany, que são acusadas de crimes contra a economia popular, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
São alvos dos pedidos os sócios da
empresa, o casal Antônio Inácio da Silva Neto (mais conhecido por Antônio Ais)
e Fabrícia Farias, e os funcionários Mizael Moreira Silva e Karla Roberta
Pereira Alves.
Dos quatro citados pela Polícia Civil
paulista, três já estão condenados pela Justiça Federal na Paraíba.
Os sócios Antônio Inácio da Silva Neto e
Fabrícia Farias foram condenados a 88 anos e 7 meses de prisão e a 61 anos e 11
meses de prisão respectivamente.
Eles estavam foragidos, mas foram presos
na Argentina e aguardam o processo de extradição.
Ele está em regime fechado, ela foi
colocada em liberdade condicional.
Já Mizael Moreira da Silva foi condenado
a 19 anos e 6 meses de prisão.
Justamente por já ter uma ação
tramitando na Justiça Federal na Paraíba, o caso foi remetido a Campina Grande
a pedido do Ministério Público de São Paulo.
As condenações dos três e de outras sete
pessoas ligadas ao esquema criminoso foram assinadas pelo juiz federal Vinícius
Costa Vidor, da 4ª Vara Federal em Campina Grande.
Karla Roberta Pereira Alves, no entanto,
entra na mira das investigações apenas agora.
Sem ter sido citada nas investigações
iniciais da Polícia Federal, ela é apontada pelos investigadores paulistas como
sendo uma “laranja” que "concordou emprestar seu nome para transferência
de um veículo de marca Ferrari California" avaliado em R$ 1,7 milhões e
cujo verdadeiro dono seria Antônio Neto.
A Braiscompany é uma empresa que tinha
sede em Campina Grande e filiais em João Pessoa, Recife, Brasília, Salvador,
Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo.
Ela foi alvo de investigações a partir
de 2022, quando a Polícia Federal na Paraíba começou a investigar suspeitas de
um esquema de pirâmide que teria movimentado entre R$ 1,5 e R$ 2 bilhões e
feito milhares de vítimas em todo o Brasil.
O relatório final da Divisão de
Investigações Sobre Crimes Contra o Patrimônio da Polícia Civil da São Paulo,
inclusive, que ficou responsável pelas investigações, classifica a Braiscompany
como uma "empresa de pseudoinvestimento" e justifica o pedido de
prisão a partir de três valores: a garantia da ordem pública, a conveniência da
instrução criminal e a aplicação da lei penal.
(Do g1 PB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.