A Escola Estadual Nenzinha Cunha Lima, no Bairro José Pinheiro, em Campina Grande, comemorou, na tarde desta sexta-feira (19/04) o Dia dos Povos Indígenas, com uma exposição fotográfica das Tribos Tabajara e Potiguara e uma palestra do Professor e ativista social João Tavares da Silva Neto.
As comemorações contaram com a presença
de professores, corpo técnico e alunos da Escola, totalizando a presença de
cerca de 100 expectadores.
Professor Tavares Neto, destacou, na
palestra, que teve o tema “Territorialidade
e dia a dia de Potiguara e Tabajara em suas terras”, como se chegou à data
comemorativa de 19 de abril, o professor ressaltou que essa data que é muito
importante para os indígenas, não foi criada por eles, mas, pelos dominadores
do país, sendo assim, uma forma de luta que esses povos originários aproveitam
para durante o ano todo lutarem por aquilo que é mais sagrado para eles: a
terra.
Em outro trecho da palestra Tavares Neto
disse aos presentes que o Brasil nunca foi descoberto em 22 de abril de 1500 e
sim, invadido.
O europeu chegou para tomar a terra e a
riqueza de quem aqui já vivia, os indígenas, sem contar, que esse povo, ao
longo da história, foi sendo dizimado e aniquilado.
Ele afirmou ainda, que a história
oficial continua sendo contada de forma “mentirosa”, sendo necessário em sua
visão, que o Ministério da Educação (MEC), faça uma revisão no material
didático que é ensinado nas escolas trocando “descoberta” e “chegada” por
“invasão” a fim de a escola mantenha seu princípio que é a verdade dos fatos.
No tocante à Paraíba, o palestrante
mencionou que as pessoas que visitam o litoral do Estado ao Norte vão para as
terras Potigura e ao Sul, banham-se em águas das terras da etnia Tabajara, no
entanto, sem saber que isso acontece.
Segundo Tavares Neto, muita gente tem
contato diário com esses indígenas, porém, não sabe, porque, na cabeça da
sociedade, o indígena é uma pessoa que usa tanga e cocá, o que não é verdade.
A
sociedade sofre mudança.
Eles são frações importantes da
sociedade e ainda usam todas essas indumentárias, sobretudo quando estão nas
festividades e solenidades de suas tribos.
“Os povos indígenas paraibanos, vivem em
constantes ataques de usineiros e empresários que todos os dias os atacam para
tomarem as suas terras, esse fato não é diferente de outras partes do Brasil,
contudo, eles reagem bravamente e continuam fazendo a luta para que seus
direitos e territórios sejam preservados. Como foi o princípio de invasão às
terras Tabajara que ocorreu em novembro de 2023. É importante dizer que à
população indígena brasileira hoje é de 900 mil habitantes que vivem de Sul a
Norte deste país. Essas pessoas como qualquer outro brasileiro precisam ser
respeitas e viver com dignidade”, pontuou João Tavares Neto.
(Por assessoria)
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