Uma operação conjunta deflagrada nesta quinta-feira (25/04) investiga um suposto esquema de corrupção no sistema prisional da Paraíba.
Segundo a Polícia Civil, as
investigações apontam que uma organização criminosa liberou detentos, que são
membros de facções criminosas, de forma ilegal a partir da manipulação de
procedimentos administrativos.
Um diretor da unidade prisional de
Cajazeiras, no Sertão, foi preso.
A operação identificou que esse grupo
criminoso alegava doenças sem justificativa ou com documentação falsa para
conseguir a liberação temporária ou definitiva de presos.
Os suspeitos também conseguiam reduções
fraudulentas de penas, baseadas em atividades educacionais e de trabalho
supostamente realizadas pelos apenados.
Conforme a polícia, há a suspeita de que
essas atividades usadas como justificativa não tenham acontecido ou tenham sido
notificadas de forma exagerada em registros prisionais.
Dessa forma, os processos de progressão
de regime eram acelerados indevidamente, resultando na liberdade e também em
outros benefícios para os detentos.
Um advogado, identificado como Ênio
Alvios, também foi preso na operação.
Em nota, a OAB-PB afirmou que tomou conhecimento
do caso e designou um advogado para acompanhar o suspeito.
O diretor do presídio de Cajazeiras foi
identificado como Thales Almeida.
A defesa do investigado também afirmou
que não devem se manifestar publicamente porque não tiveram acesso aos autos do
processo.
Em nota, a Secretaria de Administração
Penitenciária (SEAP-PB) informou que após receber informações sobre possíveis
irregularidades no presídio de Cajazeiras, iniciou uma apuração preliminar e
comunicou o Ministério Público e a Polícia Civil sobre o caso.
Garantiu também
que o diretor preso foi exonerado e será substituído por um interino.
Ao todo, cinco mandados de busca e
apreensão foram expedidos para Cajazeiras, São José de Piranhas e Marizópolis.
Foram mobilizados 70 agentes para a
operação.
22 integrantes do Grupo de Atuação
Especial Contra o Crime Organizado (GAECO-PB), 26 da Polícia Civil e 16 da
Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP-PB) e ainda apoio da Polícia
Militar da Paraíba.
(Do g1 PB)
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