A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal recapturaram nesta quinta-feira (04/04), em Marabá/PA, os dois fugitivos que haviam escapado da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A recaptura ocorreu por volta das 13h30
desta quinta, após 50 dias de fuga.
Marabá, no Sudeste do Pará, fica a mais
de 1.600 quilômetros de distância de Mossoró.
Um trajeto em "linha reta"
entre as duas cidades passa por pelo menos cinco estados: além de Pará e Rio
Grande do Norte, também por Ceará, Piauí e Maranhão – e, a depender do trajeto,
pelo Norte do Tocantins.
A operação envolveu o monitoramento de
três veículos que, segundo as investigações, davam cobertura à fuga – ao todo,
seis pessoas foram presas nos três carros.
Um dos foragidos foi capturado pela PF,
e outro, pela PRF.
Integrantes do Comando Vermelho, Rogério
da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, tinham
fugido do presídio no dia 14 de fevereiro.
"Na tarde desta quinta-feira (4), em uma ação conjunta das polícias
Federal e Rodoviária Federal, foram presos, em Marabá (PA), os foragidos do
Sistema Penitenciário Federal Rogério Mendonça e Deibson Nascimento",
informou a PF em nota oficial.
Os suspeitos foram presos na ponte que
atravessa o Rio Tocantins e nas imediações.
A abordagem ocorreu neste local para
evitar a fuga pelo rio.
Com o grupo, foram apreendidos um fuzil
com dois carregadores, dinheiro e oito celulares.
Em coletiva de imprensa, Lewandowski
disse que os fugitivos tiveram ajuda de uma facção criminosa e tentariam fugir
para o exterior.
RECAPTURADOS
NO PARÁ: DINHEIRO, CELULARES E FUZIL SÃO ENCONTRADOS EM CARROS QUE
TRANSPORTAVAM FUGITIVOS DE MOSSORÓDinheiro, celulares e um fuzil foram
apreendidos nos três carros em que estavam os dois fugitivos do presídio
federal de Mossoró (RN), segundo informações da Polícia Rodoviária Federal e da
Polícia Federal.
Além dos fugitivos, outros quatro homens
foram presos.Eles faziam parte do comboio de três
carros que faziam uma espécie de escolta da dupla foragida de Mossoró.
A abordagem ocorreu em uma ponte, na
BR-222, que cruza o Rio Tocantins - e foi feita neste local para evitar que
eles fugissem pelo rio.A ação envolveu 26 policiais da PF e da PRF.
Nos veículos, um Jeep, um Corsa Classic
e um Polo, foram encontrados dinheiro em espécie, cartões de crédito, fuzil,
munições e oito celulares, - três deles estavam sendo monitorados pela
inteligência da PF do Rio Grande do Norte.
Rogério Mendonça estava no Jeep, e
Deibson Nascimento, no Classic, segundo a PRF.
"Estavam em um verdadeiro comboio
do crime. Foram apreendidos três carros e diversas armas", disse o
ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre as circunstâncias da prisão da
dupla.
"Obviamente, foram ajudados por
criminosos externos e tiveram auxilio de seus comparsas e organizações
criminosas".Segundo o ministro, as investigações
apontam que os dois iriam fugir para fora do Brasil.
Agora, eles serão levados de volta para o
presídio de Mossoró, que teve a segurança reforçada e a direção trocada.
A distância entre Mossoró e Marabá é de
1.600 km.Segundo as investigações, a fuga dos
dois incluiu seis dias em um barco pesqueiro entre o Ceará e o Pará.
Eles teriam partido no dia 18 de março
em uma embarcação de Icapuí, a 201 quilômetros de Fortaleza, em direção à Ilha
de Mosqueiro, na capital Belém.
Ainda de acordo com a polícia, a dupla
chegou a Belém em 24 de março.
O trajeto foi realizado por via
marítima, junto à região costeira.
A operação de recaptura em Marabá
envolveu o monitoramento de três veículos que, segundo as investigações, davam
cobertura à fuga – ao todo, seis pessoas foram presas nos três carros
(incluindo Rogério e Deibson).
Durante a abordagem, a rodovia ficou
fechada dos dois lados pelos agentes federais.
A
FUGARogério e Deibson fugiram da
Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro, Quarta-Feira de
Cinzas.
Os dois presos, originalmente do Acre,
estavam na unidade desde setembro de 2023 e são do Comando Vermelho.
Esta foi a primeira fuga registrada na
história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em
Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
(Por g1)
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