*Defesa do advogado também vai pedir anulação
do julgamento
Foi concedido um Habeas Corpus ao
advogado Pedro Mário.
A Liberdade Provisória foi publicada na tarde
desta quinta (16/05).
Em júri realizado na terça-feira (14) no
Fórum Affonso Campos, em Campina Grande, ele foi condenado a nove anos de
prisão acusado de tentativa de homicídio.
O advogado atropelou o motoboy Luan
Sampaio em março do ano passado no Bairro Catolé, em Campina Grande.
“A defesa tomou a primeira providência
necessária: lutar contra a prisão que ao nosso ver foi extremamente arbitrária
e sem os critérios previstos em lei. Então entramos com um habeas corpus –
pedido de liminar – que foi prontamente concedido pelo sr. juiz João de
Vasconcelos (que está em substituição ao desembargador Frederico Coutinho),
disse o advogado Jefferson Maia ao www.renatodiniz.com.
O advogado de Pedro Mário disse ainda
que vai pedir a anulação do júri.
“As próximas medidas serão entrar com Recurso
de Apelação para que a gente possa anular esse júri de Pedro Mário que ocorreu
aqui em Campina Grande porque nós temos provas mais que suficientes de que esse
júri não ocorreu conforme os ditames legais”.
O advogado Jefferson Maia prosseguiu
informando que “existe um requisito chamado ‘incomunicabilidade dos jurados’ e essa
incomunicabilidade foi quebrada dentro do julgamento. Razão pela qual a gente
pleiteia a anulação desse júri. Por esse e por outros motivos.”
ENTENDA
Pedro Mário estava aguardando o
julgamento em liberdade, mas com o resultado teve a Prisão Preventiva decretada.
Na noite de 03 de março do ano passado o
advogado atropelou o motoboy Luan Sampaio Borborema na Rua Otacílio Nepomuceno
no Bairro Catolé, em Campina Grande, após um assalto num bar.
O motoboy teve leves escoriações.
O advogado foi acusado de tentativa de
homicídio qualificado.
Ele disse que teria confundido o motoboy
com um assaltante.
O ministério Público foi representado
pela promotora Luciara Lima Simeão Moura.
Os advogados Jefferson Maia, Roberto
Nascimento, Luiz Pereira, Neto Gouveia e Gustavo Monteiro, atuaram na defesa do
réu.
O juiz Horário Ferreira de Melo presidiu
o julgamento.
A título de reparação e perdas, o
advogado Pedro Mário pagou “32 mil reais” a vítima Luan Sampaio em duas
parcelas.
Esse pagamento “não foi feiro agora”.
Pedro Mário também se dispôs a pagar um
tratamento caso o motoboy quisesse, mas este não precisou.
O
ATROPELAMENTO
O advogado atropelou, com um veículo
Cruze na contramão, o motoboy que estava parado numa moto.
O rapaz da motocicleta sofreu
escoriações.
O motoqueiro foi confundido com um
assaltante.
Pouco tempo antes tinha ocorrido um
arrastão em um bar nas proximidades.
O dono do carro argumentou que teria
sido uma das vítimas.
Já o motoqueiro, que na noite trabalha
como motoboy, estava esperando uma passageira nas imediações.
Após ser atropelado, o dono do veículo
ainda foi ao motoboy para tomar satisfações.
No ano passado o advogado Jefferson
Maia, constituído pelo acusado, disse a imprensa que Pedro não teve intenção de
matar.
“Quem vê o vídeo (vê a imagem), ele colide na
moto. Pegou na parte frontal esquerda do carro. Inclusive quebrou o farol do
lado do motorista. Ele não tinha intenção. Ele bateu e imediatamente, vendo que
o cidadão estava de pé, ele saiu e foi de encontro ao cidadão imaginando ser (o
motoboy), o seu algoz tendo em vista que ele (Pedro) foi assaltado anteriormente.
Minutos antes dessa situação ele havia sido assaltado num bar”.
Diante da repercussão o advogado Pedro
Mário foi desligado da assessoria jurídica no Hospital de Trauma em Campina
Grande e também na Assembleia Legislativa do estado.
Pedro foi preso no dia 06 de março do
ano passado e no dia 18 de abril, também de 2023, o desembargador Frederico
Martinho da Nóbrega Coutinho, da Câmara Especializada Criminal do Tribunal de
Justiça, acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do advogado
Pedro Mário Fernandes.
(Por www.renatodiniz.com)
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