quinta-feira, 16 de maio de 2024

CASO MOTOBOY: CONCEDIDA LIBERDADE PROVISÓRIA PARA ADVOGADO

*Defesa do advogado também vai pedir anulação do julgamento
Foi concedido um Habeas Corpus ao advogado Pedro Mário.
A Liberdade Provisória foi publicada na tarde desta quinta (16/05).

Em júri realizado na terça-feira (14) no Fórum Affonso Campos, em Campina Grande, ele foi condenado a nove anos de prisão acusado de tentativa de homicídio.
O advogado atropelou o motoboy Luan Sampaio em março do ano passado no Bairro Catolé, em Campina Grande.
A defesa tomou a primeira providência necessária: lutar contra a prisão que ao nosso ver foi extremamente arbitrária e sem os critérios previstos em lei. Então entramos com um habeas corpus – pedido de liminar – que foi prontamente concedido pelo sr. juiz João de Vasconcelos (que está em substituição ao desembargador Frederico Coutinho), disse o advogado Jefferson Maia ao www.renatodiniz.com.
O advogado de Pedro Mário disse ainda que vai pedir a anulação do júri.
As próximas medidas serão entrar com Recurso de Apelação para que a gente possa anular esse júri de Pedro Mário que ocorreu aqui em Campina Grande porque nós temos provas mais que suficientes de que esse júri não ocorreu conforme os ditames legais”.
O advogado Jefferson Maia prosseguiu informando que “existe um requisito chamado ‘incomunicabilidade dos jurados’ e essa incomunicabilidade foi quebrada dentro do julgamento. Razão pela qual a gente pleiteia a anulação desse júri. Por esse e por outros motivos.”
ENTENDA
Pedro Mário estava aguardando o julgamento em liberdade, mas com o resultado teve a Prisão Preventiva decretada.
Na noite de 03 de março do ano passado o advogado atropelou o motoboy Luan Sampaio Borborema na Rua Otacílio Nepomuceno no Bairro Catolé, em Campina Grande, após um assalto num bar.
O motoboy teve leves escoriações.
O advogado foi acusado de tentativa de homicídio qualificado.
Ele disse que teria confundido o motoboy com um assaltante.
O ministério Público foi representado pela promotora Luciara Lima Simeão Moura.
Os advogados Jefferson Maia, Roberto Nascimento, Luiz Pereira, Neto Gouveia e Gustavo Monteiro, atuaram na defesa do réu.
O juiz Horário Ferreira de Melo presidiu o julgamento.
A título de reparação e perdas, o advogado Pedro Mário pagou “32 mil reais” a vítima Luan Sampaio em duas parcelas.
Esse pagamento “não foi feiro agora”.
Pedro Mário também se dispôs a pagar um tratamento caso o motoboy quisesse, mas este não precisou.
O ATROPELAMENTO
O advogado atropelou, com um veículo Cruze na contramão, o motoboy que estava parado numa moto.
O rapaz da motocicleta sofreu escoriações.
O motoqueiro foi confundido com um assaltante.
Pouco tempo antes tinha ocorrido um arrastão em um bar nas proximidades.
O dono do carro argumentou que teria sido uma das vítimas.
Já o motoqueiro, que na noite trabalha como motoboy, estava esperando uma passageira nas imediações.
Após ser atropelado, o dono do veículo ainda foi ao motoboy para tomar satisfações.
No ano passado o advogado Jefferson Maia, constituído pelo acusado, disse a imprensa que Pedro não teve intenção de matar.
Quem vê o vídeo (vê a imagem), ele colide na moto. Pegou na parte frontal esquerda do carro. Inclusive quebrou o farol do lado do motorista. Ele não tinha intenção. Ele bateu e imediatamente, vendo que o cidadão estava de pé, ele saiu e foi de encontro ao cidadão imaginando ser (o motoboy), o seu algoz tendo em vista que ele (Pedro) foi assaltado anteriormente. Minutos antes dessa situação ele havia sido assaltado num bar”.
Diante da repercussão o advogado Pedro Mário foi desligado da assessoria jurídica no Hospital de Trauma em Campina Grande e também na Assembleia Legislativa do estado.
Pedro foi preso no dia 06 de março do ano passado e no dia 18 de abril, também de 2023, o desembargador Frederico Martinho da Nóbrega Coutinho, da Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça, acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do advogado Pedro Mário Fernandes.
(Por www.renatodiniz.com)

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