O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, morreu aos 63 anos na queda de um helicóptero, informou o ministério das Relações Exteriores do Irã nesta segunda-feira (20/05).
Raisi, que foi eleito em 2021 e tinha
mandato até 2025, era a 2ª pessoa mais importante do Irã, atrás apenas do
aiatolá Ali Khamanei, líder supremo do Irã e de quem o atual presidente era um
protegido e possível sucessor.
Segundo a imprensa oficial iraniana, o
helicóptero caiu numa região montanhosa do Irã em razão das más condições
climáticas durante um voo que trazia Raisi e outras autoridades do vizinho
Azerbaijão.
A queda ocorreu entre as aldeias de Pir
Davood e Uzi, na província iraniana de Azerbaijão Oriental, cerca de 600
quilômetros a noroeste de Teerã, a capital iraniana.
Além de Raisi, a queda matou o chanceler
do Irã, Hossein Amirabdollahian.
A aeronave transportava, ainda, Malek
Rahmati, governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental; e
Hojjatoleslam Al Hashem, líder religioso.
As mortes dos dois não foram
confirmadas, mas, mais cedo, a imprensa oficial informou não haver sinal de
sobreviventes no local da queda.
QUEM
É EBRAHIM RAISI, PRESIDENTE DO IRÃEbrahim Raisi, de 63 anos, foi eleito em
1º turno em 2021 para um mandato de 4 anos, numa eleição com abstenção recorde
e da qual vários adversários foram impedidos de participar pelo Conselho de
Guardiães da Constituição.
Ultraconservador e partidário declarado
do regime atual do país, ele é considerado um protegido e potencial sucessor do
líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
Na década de 1980, Raisi participou das
chamadas comissões da morte, que levaram à execução de cerca de 5 mil
militantes opositores que se voltaram contra o regime dos aiatolás.
Sob seu governo, em 2022 mais de 500
manifestantes foram mortos durante protestos por conta da morte da jovem Mahsa
Amini, presa por não usar o véu adequadamente o véu em local público, segundo a
Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (Hrana).
Na ocasião, Raisi afirmou que o Irã
deveria "lidar de forma decisiva com aqueles que se opõem à segurança e
tranquilidade do país".
No plano internacional, o Irã viveu um
escalada de tensão com Israel que, em 1º de abril, matou 7 membros da Guarda
Revolucionária num ataque à embaixada iraniana na Síria.
Em resposta, em 13 de abril, o Irã
lançou um ataque contra Israel, que retaliou em 18 de abril.
(Do g1)
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