Dois presos acusados de integrar um plano criminoso para sequestrar e executar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades de segurança pública no Brasil foram assassinados a facadas, na tarde segunda-feira (17/06), na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP).
Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o
Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, ambos de 48 anos, haviam sido presos
em março de 2023, durante a Operação Sequaz, que investigou o plano elaborado
pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra os agentes
públicos.
De acordo com as informações repassadas
ao g1 pelo promotor de Justiça
Lincoln Gakiya, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) e ele
próprio uma das autoridades visadas no plano criminoso, as execuções de Nefo e
Rê ocorreram após o almoço, durante a soltura dos presos para o banho de sol,
na P2.
Ainda segundo Gakiya, Nefo foi levado
para o banheiro do presídio, onde três detentos o mataram a facadas.
Em seguida, os mesmos presos atacaram Rê
no pátio da unidade, onde o executaram também a facadas.
Após as execuções, os três suspeitos se
entregaram e assumiram a autoria dos assassinatos.
O promotor Lincoln Gakiya afirmou que
ainda não foi esclarecida a motivação para as execuções de Nefo e Rê.
A Polícia Civil investiga as mortes.
Em nota oficial enviada ao g1, a
Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP)
confirmou que três presos assumiram a autoria dos homicídios no interior de um
dos pavilhões da P2 e um quarto detento está sendo investigado pela Polícia
Civil como suspeito de ter participado da ação.
Os três detentos foram isolados e
deverão responder por esses novos crimes.
A pasta estadual ainda pontuou que foi
registrado um Boletim de Ocorrência no plantão da Polícia Civil e houve a
instauração de procedimento apuratório para esclarecer as circunstâncias das
mortes.
"A Polícia Científica está
periciando o local da ocorrência", finalizou a SAP-SP.
(Do g1 SP)
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