Eliane
Nunes da Silva, acusada de matar a própria filha, em outubro de 2023, foi
condenada a 30 anos de prisão nesta terça-feira (11/06).
O julgamento aconteceu no 1º Tribunal do
Júri da Capital, em João Pessoa.
Júlia tinha 1 ano e foi morta com mais
de 20 facadas quando estava no berço.
Eliane foi condenada por homicídio
triplamente qualificado.
De acordo com a denúncia apresentada
pelo Ministério Público da Paraíba, a mulher esfaqueou a pequena Júlia 26 vezes
e cometeu o crime após o então companheiro, e pai da criança, decidir terminar
a relação com ela.
Ainda com manchas de sangue nos braços,
Eliane apresentou-se à autoridade policial, e confessou o crime.
De acordo com a sentença, proferida pela
juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho, foram acatadas as três qualificadoras do
homicídio imputado para a ré.
As qualificadoras foram motivo torpe,
meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
A defesa pode recorrer da decisão, mas
vai permanecer presa.
A ré Eliane Nunes da Silva quando foi
ouvida disse a todo instante que desde o fato tenta entender por que fez aquilo
e que estaria arrependida do fundo do coração, que queria muito voltar atrás
para que a filha estivesse novamente nos braços dela.
Ela disse que cometeu o crime em um ato
de desespero, negando que tenha agido por vingança contra o pai da criança.
Segundo ela, o então marido, pai da criança,
é que seria ciumento, e, inclusive, sempre acontecia deles romperem, desde a
época do namoro.
O rompimento, segundo ela, era
geralmente por meio de mensagem de texto enviada por ele.
O
JULGAMENTO
Antes de Eliane, foram ouvidos o pai da
criança, o policial civil que identificou o corpo da criança dentro do berço,
todo ensanguentado, e o pai de Eliane.
O júri teve início com a juíza fazendo
uma série de questionamentos ao pai da vítima, que está participando do
julgamento por meio remoto, pois hoje mora no interior de São Paulo.
Felipe Cavalcante disse que o
relacionamento deles era bastante tumultuado e havia muita crise de ciúmes por
parte dela, mas que ela era uma boa mãe.
“Tínhamos muitos desentendimentos, era uma
relação muito complicada. Mas na minha frente, com Júlia, ela era sim uma mãe
carinhosa, tratava muito bem a filha. O que acontecia por trás de mim eu não
tenho como falar”, contou.
Antes do julgamento, o advogado Jardiel
Oliveira, que representa Eliane disse que não havia razões para a manutenção da
qualificadora de motivo torpe no crime.
“Não há qualquer elemento nos autos, seja por
meio de testemunho, seja por meio do inquérito policial, de que ela realmente
teria feito isso para tentar chamar a atenção do então companheiro”,
disse.
(g1 PB)
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